Clarice de Paula e Carlos Carone
Do Metrópoles
O assassinato dela ocorreu na tarde dessa quarta-feira (26/2), no Cruzeiro Velho, no Distrito Federal. Com a nova informação, a linha de investigação do inquérito policial aberto pode mudar de latrocínio – roubo seguido de morte – para feminicídio – assassinato cometido em razão do gênero da vítima.
Agora, a 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro Velho) apura se Ana Rosa e Antônio Ailton, ambos moradores de Valparaíso (GO), no Entorno do Distrito Federal, eram conhecidos.
Ana Rosa teria aceitado uma corrida informal pedida por Antônio Ailton, das proximidades da Rodoviária do Plano Piloto para Valparaíso, por R$ 35. Ele a teria atacado durante o trajeto, e a vítima morreu no Cruzeiro Velho, dentro do próprio carro, um Volkswagen Voyage preto, após ligar para o marido e lhe pedir ajuda.
O criminoso escapou a pé, e câmeras de segurança instaladas na Quadra 4 da região flagraram a tentativa de fuga. Testemunhas chegaram a abordá-lo, mas ele só foi preso na 504 do Sudoeste, depois de ser encontrado por policiais militares.
Nas proximidades da Rodoviária do Cruzeiro, testemunhas chegaram a gritar para um militar do Exército que estava no terminal sobre o fugitivo ser um criminoso. O sargento perseguiu Antônio Ailton e quase levou uma facada. O militar, então, atirou no chão, mas o assassino conseguiu correr até o Sudoeste.
Procurado por crime cometido um dia antes
Antônio Ailton era procurado pela polícia desde a madrugada de terça-feira (25/2), quando tentou matar a ex-mulher e uma amiga dela, no Recanto das Emas.
Em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), a ex-companheira de Antônio Ailton, a pastora Maria Custódio da Silva Gama, diz que duvida da nomeação dele como pastor, pois ele poderia ter falsificado documentos para se aproximar dela e convencê-la a se casar com ele.
O assassino se apresentava como pastor da igreja Assembleia de Deus Vida e Paz de Valparaíso. De perfil violento, Antônio Ailton não teria aceitado o fim do relacionamento com Maria, consolidado dois dias antes de ele tentar matá-la. Após o crime, ele fugiu e, desde então, era procurado por agentes da 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas).
Policiais militares chegaram a patrulhar a região administrativa depois das tentativas de feminicídio contra Maria e a amiga dela. O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) também foi acionado para o local do crime e levou as duas vítimas para o Hospital Regional de Taguatinga (HRT).