O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, autorizou que duas vítimas atuem como assistentes de acusação no processo que investiga um suposto esquema de pirâmide financeira envolvendo a “musa” da pirâmide Taiza Tosatt Eleotério Ratola, seu ex-marido, o ex-policial federal Ricardo Mancinell Souto Ratola, e o médico Diego Rodrigues Flores. A decisão é desta quinta-feira (10).
Com a decisão, Fernando Vaz Sampaio Júnior e Katherine Silveira Camargo, que constam como vítimas no processo, poderão acompanhar a ação penal, apresentar alegações e contribuir com a instrução do processo. Eles também moveram uma ação cível paralela na 10ª Vara Cível de Cuiabá para tentar reaver os prejuízos causados pelo suposto golpe.
A habilitação como assistentes de acusação foi respaldada por parecer favorável do Ministério Público, que reconheceu o interesse direto das vítimas na responsabilização dos acusados e na recuperação dos valores perdidos.
De acordo com as investigações, Taiza, líder do esquema, atualmente em prisão domiciliar, usava as redes sociais para atrair vítimas, apresentando-se como uma jovem bem-sucedida, articulada e especialista em investimentos financeiros. Com promessas de lucros diários entre 2% e 6%, conforme o valor aplicado, ela convencia investidores a aportarem quantias elevadas, muitas vezes acima de R$ 100 mil, em um esquema que funcionava como pirâmide financeira.
Ela foi presa durante a Operação Cleópatra no dia 31 de outubro de 2024, no aeroporto de Sinop (500 km de Cuiabá), quando voltava de uma viagem ao Nordeste.
Em março, o juiz já havia negado recurso de absolvição sumária pedido pelo trio e havia determinado a audiência para os dias 8 e 9 de maio, mas, nesta decisão, adiou para os dias 15 e 16 de maio de 2025.