O deputado estadual Diego Guimarães (Republicanos) negou ao HNT TV que a exigência de um pedido de desculpas do ex-deputado Neri Geller (PP) — reconhecendo erro ao atuar como ministro na gestão petista — tenha sido uma espécie de mea culpa por já ter apoiado Emanuel Pinheiro (MDB).
Diego afirmou que o apoio a Emanuel ocorreu antes do escândalo do “paletó”, quando o então prefeito foi flagrado guardando dinheiro nos bolsos do casaco.
Sobre a filiação de Neri ao Republicanos, o deputado disse que a decisão cabe exclusivamente ao presidente estadual do partido, Adilton Sachetti.
"Não sou eu quem vai decidir, eu não sou o presidente estadual do partido", pontuou Diego.
Guimarães disse que foi enganado por Emanuel e que, se a denúncia do paletó tivesse vazado nas eleições de 2016, dificilmente, o ex-prefeito teria vencido.
"Exatamente, eu fui enganado com boa parte do Cuiabá em 2016. Se o Cuiabá soubesse do Paletó em 2016, Emanuel não tinha sido eleito prefeito e seguramente não teria meu apoio em 2016", asseverou.
GELLER NA DIREITA
Neri está filiado ao PP, sigla considerada de centro. Porém, o ex-deputado dialogava abertamente com a esquerda chegando a compor o staff do PT e agora tenta entrar no grupo político do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), bolsonarista assumido.
A guinada para a direita, seja do Mauro ou do Otaviano, acredito que é reflexo da maturidade
Para Diego, essa mudança de postura é "natural, faz parte do processo político e ele não deve ser excluído". Ele lembrou que o mesmo ocorreu com o governador Mauro Mendes (União Brasil) e o próprio Pivetta que, no passado, presidiu o PDT. Conforme o deputado, a "guinada" para a direita se deve à maturidade.
"A guinada para a direita, seja do Mauro ou do Otaviano, acredito que é reflexo da maturidade, do momento que eles viveram, das experiências que o Brasil já teve com a esquerda e que foi traumático para alguns. Outros podem ter achado que foi bom, mas para mim foi traumático", disparou.
"Isso faz com que a pessoa queira caminhar pra um outro lado, isso é natural da política", concluiu.
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