Editorial
Coerência: o mínimo que se espera de um mandatário
Em recente fala na Câmara Municipal de Primavera do Leste, uma vereadora trouxe à tona uma verdade que muitas vezes é ignorada no cotidiano político: a necessidade de o mandatário manter a mesma postura diante das câmeras e nos bastidores. Sua fala ecoa um sentimento cada vez mais presente na população: a cobrança por coerência, transparência e compromisso real com o interesse público.
Vereadores, prefeitos, deputados, senadores — todos são sustentados pelo dinheiro do contribuinte. Cada salário, cada verba de gabinete, cada auxílio ou estrutura à disposição desses cargos públicos é custeado por quem paga impostos. Por isso, é inadmissível que haja duas versões de um mesmo representante: uma encenada para o público e outra negociada nos bastidores.
A verdadeira atuação política não deve se restringir ao microfone da tribuna ou aos holofotes da imprensa. Pelo contrário, é nos bastidores que muitos projetos ganham corpo, que ideias avançam, que decisões são tomadas — e é justamente nesse espaço, longe das câmeras, que a integridade do representante deve ser ainda mais firme.
O bom mandatário é aquele que não negocia princípios em troca de favores, que usa seu tempo — público ou privado — para articular, defender e lutar por projetos que beneficiem a coletividade. Ser coerente não é uma qualidade rara, é uma obrigação. Afinal, é para isso que cada um foi eleito: para representar, com ética e fidelidade, os interesses de quem o colocou ali.
Que a fala da vereadora, Maria do “Supercompras”, de Primavera do Leste inspire uma reflexão mais profunda. Não se trata apenas de fazer bonito em discursos — trata-se de fazer certo, sempre.
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