Segundo informações divulgadas pelo Fundecitrus, a produção de laranja no cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro encerrou a safra 2024/25 com 230,87 milhões de caixas de 40,8 kg. O volume representa uma redução de 24,85% em relação à safra anterior, considerada dentro da média histórica, e confirma esta como a segunda menor produção dos últimos 37 anos.
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O resultado ficou 0,65% abaixo da estimativa inicial, divulgada em maio de 2024, que projetava 232,38 milhões de caixas. As principais causas da queda foram o tempo seco, ondas de calor intensas e a incidência do greening, uma das doenças mais agressivas para a citricultura. Segundo o relatório, cerca de 14,94 milhões de caixas foram produzidas no Triângulo Mineiro.
Condições climáticas e impacto na produtividade
De acordo com o Fundecitrus, o período de maio a agosto de 2024 foi marcado por déficit hídrico de 31% e temperaturas 3 ºC a 4 ºC acima da média histórica. Isso prejudicou o desenvolvimento dos frutos e forçou a colheita antecipada, resultando em frutas menores. O peso médio por fruto ficou em 159 gramas, inferior à média histórica de 163 g.
As perdas foram ainda mais acentuadas pela emissão tardia da quarta florada, que teve desenvolvimento irregular e impactou diretamente o tamanho final dos frutos. Como resultado, foram necessários 256 frutos para formar uma caixa, frente aos 241 da safra anterior.
Queda de frutos e pragas
A taxa média de queda de frutos foi de 17,8%, a menor dos últimos cinco anos. Ainda assim, o greening foi responsável por 9,05% das perdas, o equivalente a 25 milhões de caixas eliminadas da produção. Pragas como bicho-furão e moscas-das-frutas causaram a perda de mais 12 milhões de caixas.
Outros fatores como queda natural e mecânica, pinta preta, leprose, rachadura de casca e cancro cítrico também contribuíram, totalizando aproximadamente 50 milhões de caixas perdidas ao longo da safra.
Expectativa para a próxima safra
O Fundecitrus informou que a estimativa da safra 2025/26 será divulgada no dia 9 de maio, às 10h, em evento presencial com transmissão ao vivo. A expectativa é de que os dados tragam novas perspectivas para o setor, que enfrenta um cenário desafiador marcado por adversidades climáticas e fitossanitárias.