A greve dos auditores fiscais da Receita Federal completa 121 dias nesta quarta-feira (26), colocando em risco o processo do Imposto de Renda 2025, além de causar atrasos no despacho aduaneiro. A paralisação também ameaça comprometer a meta fiscal do governo federal, ampliando os prejuízos para as contas públicas.
Iniciada em 26 de novembro, a greve busca atendar três reivindicações da categoria. São elas:
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- Reajuste do vencimento básico, que foi congelado em 2016, com exceção dos 9% concedidos em 2023;
- Pagamento integral do bônus de eficiência para ativos e aposentados;
- Destinação de recursos do Fundaf (Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização) para custear o plano de saúde da categoria.
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Segundo a Sindifisco Nacional, responsável pela categoria, 75 mil remessas expressas ficaram paradas nos terminais alfandegários e 500 auditores entregaram suas funções e cargos em comissão.
Como forma de pressionar o governo, a categoria chegou a adotar em fevereiro, a medida “Desembaraço Zero”, suspendendo por 15 dias a liberação de mercadorias pela alfândega.
- A medida foi finalizada, e até o momento não houve diálogo entre as duas partes, o que continua ampliando os prejuízos para as contas públicas.
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Impactos no Imposto de Renda
Em meio ao impasse com o governo federal, a mobilização dos auditores é responsável pelo prejuízo de R$ 3,5 bilhões no comércio exterior, devido à quebra de contratos internacionais, custos logísticos e taxas de armazenamento.
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Além dos atrasos nas operações aduaneiras, a greve também ameaça o prazo das restituições do Imposto de Renda.
O governo federal liberou a entrega da declaração em 17 de março, mas o modelo pré-preenchida, que já tem informações preliminares dos contribuintes, será liberada apenas no dia 1º de abril.