Histórico dirigente do MDB no Estado, Carlos Bezerra, avalia adiar sua aposentadoria e disputar mais uma vez à presidência da sigla para evitar um possível racha entre lideranças. Uma espécie de movimento fica Bezerra tem sido levantado por figuras antigas do partido que observam o iminente racha caso a deputada estadual Janaina Riva ou deputado federal Juarez Costa, interessados em suceder o atual presidente.
A leitura de militantes históricos da legenda apontam que se Janaina vencer a disputa interna é possível que os dois deputados federais Emanuelzinho e Costa antecipem a saída da legenda. Também numa eventual vitória de Juarez existe a possibilidade da parlamentar deixar a legenda por conta de uma eventual aproximação do ex-prefeito Emanuel Pinheiro ou mesmo tentar uma aliança mais de centro.
A deputada tem adotado um posicionamento de direita. Com isso, o levante pede que Bezerra continue no comando da legenda até as convenções do próximo ano. Interlocutores do MDB admitem em conversa reservada que, diante do impasse e a possibilidade de uma dispersão de lideranças sem a presença de Bezerra, iniciou um processo de convencimento para que o cacique permaneça pelo menos até o final de 2026 no comando do partido.
Várias lideranças têm o procurado para que ele permaneça na presidência pelo menos até a disputa do ano que vem. Depois, ele poderia se licenciar e se aposentar de vez, disse um dirigente que pediu anonimato.
A reportagem ainda apurou que entre os defensores da permanência do velho guerreiro, apelido como Bezerra é conhecido internamente estão os ex-prefeitos Emanuel Pinheiro e Kalil Baracat, e o deputado estadual Juca do Guaraná.
Uma reunião ampliada entre dirigentes e lideranças da sigla de vários municípios com Carlos Bezerra deverá ocorrer na próxima semana.
Carlos Bezerra é presidente estadual do MDB antes mesmo da redemocratização do país. Já na década de 1980, chegou a alternar a presidência com outras lideranças como o ex-senador Márcio Lacerda e o ex-deputado Hermes de Abreu.
Bezerra é presidente de forma interrupta da sigla no Estado desde a década de 1990. Anunciou que deixaria a política em 2022, quando não conseguiu se reeleger. Chegou a cogitar deixar a presidência, porém, uma divisão interna fez ele permanecer na presidência. A convenção estadual do MDB para a escolha da nova direção estadual ocorrerá em agosto deste ano.