CAMILA RIBEIRO
Da Redação
O governador Mauro Mendes (União Brasil) defendeu a permanência dos três ministros filiados ao partido no staff de Lula (PT). Atualmente o União Brasil tem Juscelino Filho no Ministério das Comunicações, Celso Sabino no Turismo e Waldez Góes na Integração Nacional. Mendes avalia como positivo ao partido, porém, ressaltou que os ministérios não devam ser usados como "barganha" em troca de apoio para aprovação de pautas no Congresso, comportamento que ele atribuí à "velha política".
Segundo Mauro, o União Brasil deve ser "independente". Votando com o presidente Lula no que for benéfico ao país e tendo liberdade para fazer oposição as matérias que consideram prejudiciais.
"Eu defendo que o União Brasil apoie o governo federal naquilo que for melhor ao país, que não barganhe cargo em troco de apoio pois essa é a velha polítca que naufragou esse país. Que ele atue republicanamente diante dos desafios que o país tem. Não adianta ficar em governo contra governo e barganhar cargos. Defendo que o partido seja independente e aquilo que for bom, apoie o presidente; mas no que for ruim, representanto os estados brasileiros, deixe de votar", falou o governador ao Broadcast do Estadão.
O governo Lula passa por uma reforma ministerial. A expectativa é que novas movimentações no alto escalão sejam anunciadas a partir desta quarta-feira (5). O líder do União Brasil no Senado, Efraim Filho (UB-PB), afirmou ao Estadão que o partido articula para manter as três pastas com os mesmos nomes.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbe (UB-AP), chamado por Efraim como "interlocutor do partido", ligou para Lula para espantar o PSD que passou a sondar o Ministério do Turismo. O partido estaria insatisfeito, segundo a coluna, com o Ministério da Pesca e tenta assumir um segmento com mais visibilidade. Mendes classificou a discussão como "secundária".
"Essa é uma análise que é secundária. Pode até ter cargo, só não pode trocar cargos por apoios que muitas vezes não representam as melhores decisões ao país", concluiu.