Terça-feira, 29 de Abril de 2025
icon-weather
DÓLAR R$ 5,63 | EURO R$ 6,43

29 de Abril de2025


Área Restrita

Política Terça-feira, 29 de Abril de 2025, 16:03 - A | A

Terça-feira, 29 de Abril de 2025, 16h:03 - A | A

ERA DE CORRUPÇÃO

HNT TV: Gallo atribui fracasso econômico de Taques a "traquinagens" de Silval

O secretário está à frente da Fazenda de MT desde 2018 e participou do processo de recuperação das contas; ele disse que Mendes só conseguiu reverter cenário ao tributar setores desonerados pelo ex-governador

Conteúdo Hipernotícias
Da Redação

Em entrevista exclusiva ao HNT TV, o secretário de Estado de Fazenda (Sefaz-MT), Rogério Gallo, atribuiu as "traquinagens" administrativas assinaladas pelo ex-governador Silval Barbosa como os motivos para o fracasso econômico do gestão Pedro Taques. Segundo Gallo, Silval autorizou que não fossem cobrados impostos de setores específicos em troca de "privilégios". O secretário pontuou que as decisões de Silval compõem os mais de 90 capítulos do processo de delação em que o ex-governador admitiu ter se apropriado de 1 bilhão dos cofres públicos. 

"Silval detalhou bem as traquinagens que aconteceram relacionadas aos benefícios fiscais", acentuou o secretário.

Silval detalhou bem as traquinagens que aconteceram relacionadas aos benefícios fiscais

Rogério Gallo está secretário há 7 anos, sendo o agente político mais longevo no alto escalão do governo. O secretário foi nomeado no último ano do mandato de Taques, sendo o quarto daquela gestão. "Alguma coisa não estava tão bem", ironizou Rogério Gallo que coordenou, ao lado do governador Mauro Mendes (UB), o processo de recuperação das contas do Executivo. 

O secretário da Fazenda reforçou que Mauro recebeu uma "herança muito ruim", com o estado no vermelho, mas conseguiu dobrar a receita do Paiaguás, estimada em R$ 24 bilhões. "Se tivesse sido feita uma análise mais contundente do ponto de vista da receita pública, o que a gente fez em 2019 poderia ter sido feito em outro período. Tomamos medidas que eram conhecidas", 

LEIA MAIS: HNT TV: Gallo destaca lealdade política de Pivetta a Mauro e defende candidatura de vice ao Paiaguás

Gallo explicou ao diretor de Jornalismo do Hipernotícias, Kleber Lima, que Silval beneficiou setores estratégicos para a arrecadação do Estado com incentivos fiscais, derrubando a arrecadação, e, além disso, articulou com deputados estaduais da base a aprovação do aumento salarial em escala do salário de servidores. No entanto, a gestão de Silval Barbosa não foi penalizada pelas medidas, uma que vez foram validadas pelo plenário da Assembleia Legislativa (ALMT) no ano das eleições e os aumentos só passariam a constar nos holerites após Pedro Taques assumir o governo.

ESTADO SUCATEADO

Rogério Gallo ressaltou que o aumento salarial proposto por Silval foi gradativo e, ao fim de 10 anos, algumas categorias receberiam duas vezes mais. O secretário afirmou que esses aumentos acabaram comprometendo as contas a medida que não havia orçamento para investir, por exemplo, em educação. 

Os benefícios fiscais estavam muito concentrados em setores específicos e tínhamos a popoulação pagando impostos em favor de alguns privilégios

"Eram categorias muito relevantes que, em dez anos, teriam o dobro do salário, quase R$ 340 mil, isso impacta nos aposentados. Em 2018 estava consumindo 95% dos recursos da educação. Não sobrava dinheiro para gestão das unidades. É a época das escolas de lata ... não tinha dinheiro, não tinha condições fiscais, materiais, recursos para que houvesse a continuidade das obras para tirar as crianças das escolas de lata", contou Gallo.   

MENDES ENCAMPA REFORMA ECÔMICA 

O secretário da Fazenda alimenta a fama de "conservador" e não esconde a ponderação quanto a peça orçamentária. O perfil gerou identificação com Mendes que encampou uma reforma econômica no Estado. "Cortar na carne" se tronou uma cultura da gestão. Sem colocar a lupa nos proprietários de CNPJs, Mauro suspendeu os incentivos fiscais autorizados por Silval e passou a tributar os setores. A medida resultado em uma contrapartida aos contribuintes que, durante o período da recessão após a pandemia da covid-19, permitiu que o governador diminuísse a cobrança de ICMS. 

"Foi feita uma grande revisão e partir de 2020 e começamos a colher os frutos. Os benefícios fiscais estavam muito concentrados em setores específicos e tínhamos a poulação pagando impostos em favor de alguns privilégios. Reduzimos o ICMS da energia para 17%, da comunicação de 30% para 17%. É um trabalho que conseguimos fazer a medida que endereçamos as medidas corretas com o apoio da Assembleia Legislativa", discorreu Gallo. 

 

VEJA VÍDEO

 

 

Comente esta notícia

Rua Rondonópolis - Centro - 91 - Primavera do Leste - MT

(66) 3498-1615

[email protected]