Luciano Guimarães Tebar, sócio da empreiteira HB20 Construções com sede no Maranhão, responsável por assinar o contrato de R$ 75 milhões com a Prefeitura de Cuiabá para executar o segundo lote das obras do Contorno Leste, foi preso em 2018 pela Polícia Federal do Pará sob a acusação de extrair e receptar manganês da Serra Pelada, no estado do Pará. À época, outras 23 pessoas foram presas dentro do "Cartel do Minério", incluindo o ex-vereador por Parauapebas no período das investigações, Júnior da Mariona (PP), que atualmente está como suplente na Câmara de Curionópolis (PA).
A HB20 Construções é um dos alvos da Operação Perfídia, deflagrada, nesta terça-feira (29), pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) da Polícia Civil de Mato Grosso. De acordo com a corporação, a empreiteira teria pago propina aos vereadores Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson (PSB).
HB20 PASSA POR AUDITORIA
A empresa está passando por auditoria determinada pelo prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL). Conforme noticiado pelo HNT, a empresa ficou responsável pelo trecho que abrange o Rio Coxipó até a rodovia MT-251, Emanuel Pinheiro, que dá acesso à Chapada dos Guimarães (a 65 km da Capital).
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O secretário Municipal de Obras, Reginaldo Teixeira (Novo), apontou irregularidades na execução do projeto. Segundo o secretário, haviam falhas na instalação do meio-fio e "falta de clareza" nas justificativas apresentadas pela empresa sobre os problemas identificados nas obras.
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O contrato com a HB20 foi celebrado enquanto Vanderlúcio Rodrigues estava à frente da Secretaria Municipal de Obras. Recentemente, Vanderlúcio estava na presidência da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Cuiabá (Arsec), extinta nesta segunda-feira (28), por Abilio por meio da Lei Complementar 588/2025.