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Notícias do Agro Terça-feira, 11 de Março de 2025, 10:45 - A | A

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Suinocultura

Entenda por que carne suína perdeu competitividade no mercado doméstico

Preço da carcaça de porco subiu 10,8% na comparação com janeiro

Por g1 Piracicaba e Região

Com alta nas cotações, a competitividade da carne de porco caiu na comparação com as cotações de boi e de frango, principais concorrentes, em fevereiro de 2025, segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) do campus da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba (SP).

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"No atacado da Grande São Paulo, os preços da proteína suinícola subiram mais que os da avícola. No sentido oposto, a carcaça bovina se desvalorizou no período", aponta a pesquisa.

????Em fevereiro, o preço da carcaça suína registrou elevação de 10,8% na comparação com janeiro, passando para R$ 13,20 o quilo. Pesquisadores do setor ressaltam o preço médio pago pela proteína seguiu avançando mesmo diante de um cenário de demanda menor.

 

????A oferta recorde de carne de boi no mercado doméstico, o aumento do preço dos insumos na avicultura, especialmente o do milho e, como consequência, a queda no poder de compra do produtorexplicam essa queda na competitividade. Entenda cenário, abaixo.

 
Em fevereiro, o preço da carcaça suína registrou elevação de 10,8% na comparação com janeiro, passando para R$ 13,20 o quilo. — Foto: Arquivo Secom

Em fevereiro, o preço da carcaça suína registrou elevação de 10,8% na comparação com janeiro, passando para R$ 13,20 o quilo. — Foto: Arquivo Secom

 

Alta nos insumos

 

O levantamento do Cepea indica o poder de compra de avicultores paulistas frente ao milho caiu em fevereiro. "Isso se deve à forte valorização do insumo no mercado doméstico aliada ao enfraquecimento dos preços do frango vivo.

Conforme o Cepea, o Indicador do milho Esalq/BM&FBovespa, em Campinas (SP), teve média de R$ 80,76 a saca de 60 quilos em fevereiro. "Uma elevação de 8,9% frente à de janeiro", apontam os pesquisadores do setor.

 

 

"Além da maior presença de compradores no spot, dificuldades logísticas e os baixos estoques domésticos explicam os aumentos das cotações do cereal", completam.

 

Frango foi negociado a R$ 5,37 o quilo em fevereiro, queda de 2,4% em relação a janeiro — Foto: Reprodução EPTV

Frango foi negociado a R$ 5,37 o quilo em fevereiro, queda de 2,4% em relação a janeiro — Foto: Reprodução EPTV

????No mercado de frango, colaboradores do Cepea relataram enfraquecimento na demanda por lotes de animais em alguns períodos do mês, o que pressionou as cotações no balanço mensal. Na média das regiões de São Paulo, o frango foi negociado a R$ 5,37 o quilo em fevereiro, queda de 2,4% em relação a janeiro.

 

Oferta recorde de carne bovina

 

A disponibilidade interna de carne bovina no início deste ano foi recorde. Segundo estimativas realizadas pelo Cepea, a soma de janeiro e fevereiro pode ter superado em 10% o volume do primeiro bimestre de 2024 e em 38% o de dois anos atrás.

 

Pesquisadores do Cepea destacam que, mesmo com toda a quantidade a mais, resultante do aumento da produção, o preço médio da carcaça com osso no atacado da Grande São Paulo esteve 25% maior que no começo do ano passado – valor deflacionado pelo IGP-DI.

Preços da carne suína aumentam em fevereiro — Foto: Reprodução/TV TEM

Preços da carne suína aumentam em fevereiro — Foto: Reprodução/TV TEM

O preço do boi gordo (Indicador Cepea/Esalq, estado de São Paulo), no mesmo comparativo, avançou 23%. As exportações também evoluíram.

No comparativo de bimestres, considerando-se estimativa do Cepea para parte de fevereiro/25, o volume sobe por volta de 6% sobre o começo de 2024 e 33% sobre o início de 2023.

 

"Esses números mostram, simultaneamente, a força produtiva da pecuária nacional e a resiliência da carne bovina no cardápio do brasileiro, explicada em boa parte pela baixa taxa de desemprego", aponta o Cepea.

 

 

Em janeiro, especificamente, a disponibilidade interna de carne bovina atingiu o máximo histórico, segundo cálculos do Cepea.

"Estima-se diminuição de quase 9% em fevereiro em comparação a janeiro, justificada pela redução dos abates no mês. Em relação a um ano atrás, no entanto, o Cepea projeta crescimento de cerca de 7%", apontam informações do boletim mais atualizado.

 

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