O presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), confirmou nesta quinta-feira (24), que a proposta para acelerar a votação da anistia aos envolvidos nos atos do 8 de Janeiro deve ser mais discutida entre líderes e ainda não entrará na pauta de votações da próxima semana.
“Se foi decidido pelo adiamento da pauta desse requerimento de urgência. Por que esse adiamento foi a decisão? Porque líderes que representam mais de 400 parlamentares na Casa, decidiram que o tema não deveria entrar na pauta da próxima semana”, afirmou.
A jornalistas, Motta ainda classificou como “exageradas” algumas das penas aplicadas aos envolvidos nos atos extremistas, e disse que a decisão não vai impedir uma análise futura da anistia. “Nós vamos seguir dialogando. Os partidos que defenderam o adiamento da pauta e partidos que são convictamente contra a pauta também se dispuseram a dialogar”, afirmou.
A intenção dos parlamentares é avançar em discussões antes de levar o pedido para votação. O União Brasil, que recuou no nome do líder Pedro Lucas (MA) para assumir ministério do governo Lula no início da semana, foi uma das legendas que ponderou por maiores negociações. A legenda, que tem 59 deputados, deu 40 assinaturas para formalizar o pedido de urgência e acelerar a votação da anistia na Câmara.
Após a reunião, o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ) prometeu uma nova obstrução para pressionar pela urgência à anistia do 8 de janeiro.