A deputada federal Gisela Simona (União Brasil) avaliou ao HNT TV que o presidente Lula (PT) é prejudicado pela falta de alinhamento político com os ministros. Segundo ela, há um nítido "destoamento" entre as ações propostas pelo governo federal com o que é feito na prática. De acordo com Gisela, esses "erros" na gestão prejudicam o país.
A falta de acerto dos ministros com Lula refletiu na taxa de aprovação do presidente. Pesquisa do Datafolha de fevereiro de 2025, aponta que 41% dos brasileiros estão insatisfeitos com o governo Lula e 24% o aprovam. Inicialmente, a rejeição foi atribuída a falhas na comunicação.
Parece que há um destoamento na gestão, não estão todos no mesmo objetivo
Influenciado pela avaliação, Lula aproveitou a reforma ministerial para retirar Juscelino Filho das Comunicações. O cargo foi repassado ao deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União Brasil-MA). Porém, a deputada, indica que a questão seja de ordem política e a única solução é investimento no diálogo.
"Ali em Brasília a gente percebe que há muitos erros da gestão do ponto de vista não só da comunicação, mas dos ministros que estão hoje dentro do governo Lula. Parece que há um destoamento na gestão, não estão todos no mesmo objetivo. Isso prejudica muito o governo quando os ministros não estão alinhados com o próprio governo", falou Gisela Simona ao podcast.
A bancada do União Brasil está dividida entre Lula, Bolsonaro e Caiado
UNIÃO BRASIL E LULA
Conforme a deputada federal, a bancada do União Brasil na Câmara está dividida quanto ao apoio a Lula. Gisela explicou que parte dos parlamentares são favoráveis a caminhar com o petista, enquanto alas mantém o apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Coronel Assis (União Brasil) é exemplo de parlamentar que mesmo filiado a sigla de centro, opta por defender pautas da extrema-direita, endossando o "PL do Aborto" e a aprovação da anistia aos presos políticos dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. A deputada também ressaltou que o lançamento da pré-candidatura à presidência do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), formou outra repartição no partido.
"Não há um alinhamento 100% da bancada. Prova disso são as votações que acontecem que não são todas acompanhando o governo. Tivemos dia 4 o lançamento do Caiado à presidência mais uma vez mostrando que não está alinhado. Tem um grupo que está com o governo, mas existe o grupo que não está. Existe o grupo que está com o Caiado, o grupo que está com Bolsonaro e o partido é um grupo muito misto hoje do ponto de vista dessa identidade ideológica com fechamento de grupo", concluiu Gisela Simona.
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