Gabriel Rodrigues
Ogovernador Mauro Mendes (União Brasil) determinou que a Polícia Militar abra um investigação independente, que pode resultar na expulsão de quatro militares presos nesta quinta-feira (6), no âmbito da operação Office Crimes - A Outra Face. Eles são acusados de participarem da executação do advogado Renato Nery, em julho do ano passado.
"A Polícia Militar já abriu uma comissão processante que vai acompanhar as investigações independentes da Polícia Civil e se forem culpados, realmente, eles vão ser expulsos e receber o tratamento que qualquer um que comete crime tem que receber no Estado de Mato Grosso", sinalizou ele.
Ao todo, foram presos quatro militares e há um foragido, Heron Teixeira Pena Vieira. Quatro PMs são integrantes da Rotam e um chegou a atuar no batalhão. Entre os militares presos está Wailson Alesandro Medeiros Ramos, que é ex-segurança de Mauro.
"Esses policiais vão ter o direito de se defender. Entretanto, com essa prisão, nós mostramos claramente que o programa Tolerância Zero é tolerância zero para fora e para dentro, e que vamos, sim, cortar na carne qualquer irregularidade cometido dentro das nossas forças de segurança", manifestou.
Por fim, o governador ainda valorizou a Polícia Judiciária Civil, responsável por deflagrar a operação, identificando os possíveis autores do crime de homicídio. Ele ainda destacou que tem convicção no empenho profissional da maioria dos agentes que fazem parte das forças de segurança do estado: "São homens sérios, que todos os dias trabalham para defender, arriscando a sua vida, a sociedade".
O caso
Ex-presidente da Orrdem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso (OAB-MT), Renato Nery, morreu aos de 72 anos, em julho do ano passado, após ter sido alvo de emboscada em frente ao seu escritório, na Avenida Fernando Corrêa, em Cuiabá. Ele foi alvejado por 7 tiros durante, sendo atingido na cabeça. Renato ainda chegou a ser socorrido pelo Samu e levado ao Complexo Hospitalar Cuiabá, mas morreu na unidade hospitalar.
