Os suplentes de vereadores Fellipe Corrêa (PL) e Gustavo Padilha (PSB) assumirão as cadeiras de Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson (PSB), caso a juíza Edina Ederli Coutinho mantenha os afastamentos dos parlamentares, alvos de investigação da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor).
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Fellipe Corrêa está secretário Municipal de Agricultura e Trabalho de Cuiabá. Ele estava filiado ao Cidadania em 2023 quando assumiu a cadeira do deputado estadual Diego Guimarães (Republicanos) que deixou a Câmara ao ser vitorioso nas eleições à Assembleia Legislativa (ALMT).
Na janela partidária, em março de 2024, Fellipe se filiou ao PL e foi promovido a líder do partido no plenário. A mudança foi para apoiar sua pré-candidatura a reeleição. Ele obteve 1.662 votos, sendo o quinto mais votado do Partido Liberal e o primeiro-suplente da sigla.
Gustavo Padilha é engenheiro agrônomo e piloto de drone. O primeiro-suplente do PSB contabilizou 2.113 nas eleições municipais do último ano. Será sua primeira passagem pelo Legislativo.
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INVESTIGAÇÃO CONTRA CHICO E JOELSON
A Operação Perfídia da Deccor apura denúncias de corrupção envolvendo a empresa responsável pelas obras do Contorno Leste. Segundo a Polícia Civil, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Cuiabá, incluindo em gabinetes dos vereadores Chico 2000 e Sargento Joelson, além de busca nos sistemas e câmeras de monitoramento da própria Câmara Municipal, onde o crime teria ocorrido. Além dos vereadores, um empresário e dois funcionários da empresa envolvida são alvos da operação.
As investigações tiveram início a partir de denúncia recebida em 2024, noticiando que vereadores teriam solicitado, a um funcionário da empresa responsável pela execução das obras do Contorno Leste, propina para a aprovação de matéria legislativa que possibilitou o recebimento de pagamentos devidos pelo município à referida empresa no ano de 2023.
Uma parte dos valores foi depositada em conta indicada por um dos vereadores, e há indícios de que a outra parte tenha sido paga em espécie ao parlamentar, no interior de seu gabinete na Câmara, onde as negociações teriam ocorrido.
Os investigados também foram proibidos de manter contato entre si e com testemunhas e servidores da Câmara, e de acessar as dependências do órgão legislativo ou as obras do “Contorno Leste”. Eles também não podem se ausentar da cidade sem autorização judicial. Além disso, devem entregar seus passaportes.