Gabriel Rodrigues e Jacques Gosch
RD NEWS
Odeputado estadual, Gilberto Cattani (PL), que é produtor rutal, reconheceu que sua proposta para incluir queijo na cesta básica no estado de Mato Grosso pode ser vista como "legislar em causa própria". Contudo, minimizou a situação, sustentando que precisa ajudar o setor de leite, de onde é oriundo. A matéria tem parecer contrário da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR).
De acordo com o projeto, cada cesta básica deverá conter no mínimo uma peça de queijo 100% a base de leite, sendo vedado produto análogo aos lácteos. Ele justifica que a inclusão do queijo natural vai dar mais qualidade na saúde alimentar. No entanto, a matéria tem sido alvo de debates, uma vez, que a família de Cattani é produtora de leite e queijo. No mês passado, ele reativou a queijaria da filha Raquel Cattani, que foi vítima de feminicídio em 2024.
"Isso aí vão falar igual [legislar em causa própria]. Isso aí vão falar toda vez que você fizer alguma coisa boa e sobrar para você, eles vão falar. Podem falar o que quiserem, eu não ligo para o que falam. Eu ligo para o que eu preciso fazer para defender o meu setor, para defender os meus amigos, meus irmãos, que estão lá acordando 4h da manhã para puxar a teta da vaca", declarou Cattani, nessa quarta-feira (19).
Ele foi questionado se o item não poderia ser considerado supérfluo, frente a outras necessidades que deveriam ser contempladas na cesta básica, no entanto, reforçou que a medida vai fortalece a alimentação e também fomento aos produtores mato-grossenses.
"É uma necessidade para o pequeno produtor que produz leite, para que haja mais consumo de leite. O queijo é um subproduto do leite, então, para nós é de suma importância que ele esteja na cesta básica [...] Nós queremos que o queijo seja inserido na cesta básica justamente para aumentar o consumo e aumentar a busca e a procura", finalizou.
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