ANDRELINA BRAZDA REDAÇÃO
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O detento identificado como “Chapeleiro Primeirão”, que não teve o nome real divulgado, foi apontado pela Polícia Civil como responsável por recrutar membros para uma facção para executar rivais em Mato Grosso em troca de uma mesada de R$ 10 mil. Ele foi um dos alvos da Operação Tabuleiro Quebrado, deflagrada nesta segunda-feira (31). De acordo com a Polícia Civil, Chapeleiro está recluso na Penitenciária Capão Grande e se apresenta como padrinho de ao menos 48 membros da facção criminosa.
Ele era responsável por atrair novos membros para a organização, que atuariam nas execuções de membros de facções rivais. Em troca, os novatos receberiam uma ajuda de custo de R$ 10 mil e um carro, além de armas de fogo para serem usadas nos crimes.
As informações foram apuradas pela Polícia após identificarem conversas entre os alvos da operação nas redes sociais e relatos publicados por eles, que evidenciavam o envolvimento da facção na ação.
Além de atuar como recrutador da facção, Chapeleiro planejava com outros membros a dominação de territórios, perda de armas e a "caguetagem", que consiste no vazamento de informações da facção para a polícia ou membros rivais. Além do detento, foi alvo da operação um ex-integrante da facção rival, que, descontente com o grupo, planejou a execução dos membros.
A Operação
A Operação Tabuleiro Quebrado faz referência às estratégias de expansão da facção criminosa pelo estado, por meio da montagem de um “tabuleiro” onde eram definidos os integrantes que trabalhariam como "discípulos" da facção. Ao todo, foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e dois de busca e apreensão. Os alvos foram identificados como detentos e ex-detentos do sistema prisional de Mato Grosso.
