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Polícia Sexta-feira, 21 de Março de 2025, 16:35 - A | A

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`Coração de ouro´

Esposa do faccionado `Gilmarzinho` acusa policiais de execução

Gilmar Machado da Costa, de 44 anos, conhecido pelo apelido "Gilmarzinho", que foi morto em confronto com a Polícia Militar, nessa quinta-feira (20), no âmbito da Operação Acqua Ilícita, deflagrada pelo Gaeco

SABRINA VENTRESQUI
Da Redação

HNT

A esposa de Gilmar Machado da Costa, de 44 anos, conhecido pelo apelido "Gilmarzinho", que foi morto em confronto com a Polícia Militar,  quinta-feira (20), no âmbito da Operação Acqua Ilícita, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), alega que o marido foi executado e ‘peneirado’ pelos militares.

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Em um vídeo publicado na página do Instagram ‘Tá Querida’, a mulher relata que a quinta-feira foi o pior dia de sua vida. Contou que os militares invadiram a casa dela, bateram no sobrinho e mandou todos irem para o andar de baixo, menos Gilmar.

Em seguida, a mulher conta que ouviu apenas seis disparos, supostamente feitos contra Gilmarzinho.

“Meu coração está doendo, mas preciso dar uma posição correta do que está acontecendo. A polícia está dizendo que meu marido matou, ele nunca matou ninguém. Uma família sofrendo, uma neto que não vai conhecer o avô. Perdi o grande amor da minha vida, foram 24 anos de casados. Ele não era isso que a polícia está falando. Ele fazia coisa ilícita sim, mas o coração dele era de ouro”, disse a mulher, emocionada.      

OPERAÇÃO ACQUA ILÍCITA

Na quinta-feira, o Gaeco deflagrou Acqua Ilícita nos municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Nobres e Sinop, com o objetivo de combater esquema de extorsão, lavagem de dinheiro e organização criminosa que vinha prejudicando comerciantes de água mineral e aumentando os preços para os consumidores.

Isso porque a facção criminosa Comando Vermelho (CV) cobrava R$ 1 por galão de distribuidoras desses municípios ou então obrigava os comerciantes a comprar água apenas de lojas autorizadas pelo grupo criminoso. Caso se recusassem, sofriam ameaças de represálias.

Foram expedidos 55 mandados de busca e apreensão domiciliar, 12 mandados de prisão preventiva, e ordens para sequestro de 33 veículos automotores e bloqueio de 42 contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas investigadas. As ordens judiciais estão sendo cumpridas nos quatro municípios.

OUTRO LADO

Procurada pela reportagem, a Polícia Militar informou que todas as mortes em confrontos são investigadas. 

 

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