Quarta-feira, 19 de Março de 2025
icon-weather   
DÓLAR R$ 5,65 | EURO R$ 6,17

19 de Março de2025


Área Restrita

DESTAQUES Quarta-feira, 19 de Março de 2025, 13:47 - A | A

Quarta-feira, 19 de Março de 2025, 13h:47 - A | A

gAZA

Bombardeios em Gaza, Hamas denuncia: 970 mortos

O enclave palestino está novamente sob ataque após o fim da trégua entre Israel e o Hamas. Netanyahu fala à nação e aponta o dedo para a responsabilidade do movimento islâmico

 

Guglielmo Gallone – Vatican News

“De agora em diante, Israel agirá com força crescente contra o Hamas e as negociações ocorrerão sob fogo": com essas palavras, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, comentou a onda de ataques à Faixa de Gaza, decretando o fim do acordo de cessar-fogo alcançado em 19 de janeiro.

Toda a Faixa está sendo atacada

De acordo com fontes do Hamas, 970 pessoas foram mortas nos ataques israelenses nas últimas horas, enquanto mais de 560 ficaram feridas. Os ataques, também realizados com helicópteros, foram conduzidos perto de Khan Younis, em al-Bureij e na área de al-Tuffah, a leste da Cidade de Gaza. De acordo com fontes da Força Aérea Israelense, as operações foram iniciadas para evitar ataques com mísseis contra Israel. Além disso, a Marinha israelense atacou vários barcos na costa de Gaza, que, de acordo com Tel Aviv, estavam sendo usados para atividades terroristas. As Forças de Defesa de Israel (IDF) lançaram novos apelos à população da Faixa para que evacuassem as “perigosas zonas de combate”. O porta-voz da defesa civil do enclave palestino, Mahmoud Basal, declarou em uma entrevista à CNN que “a situação é muito difícil e nossos esforços médicos e de defesa civil não conseguem responder à escala da catástrofe”, enquanto o diretor do hospital Al-Shifa relatou que os hospitais estão “completamente lotados” e sem os meios necessários para tratar os inúmeros feridos.

✅ Clique aqui para seguir o canal do CliqueF5 no WhatsApp

Discurso de Netanyahu

Dirigindo-se ao país nesta terça-feira, Netanyahu disse que “continuaremos a lutar até atingirmos todos os objetivos da guerra: a libertação dos reféns, a eliminação do Hamas e o fim da ameaça de Gaza”, porque “estamos mudando a face do Oriente Médio” e “estamos alcançando resultados incríveis”. Essas palavras estão muito longe daquelas com as quais o acordo foi anunciado, que na primeira fase previa a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos. Os EUA, por meio do enviado especial do presidente Donald Trump, Steven Witkoff, propuseram uma nova extensão do cessar-fogo, na qual o Hamas entregaria metade dos reféns ainda mantidos em cativeiro, mas o plano foi classificado como “desfavorável” pelo movimento islâmico devido à ausência de garantias e à não entrega de ajuda humanitária. Após as declarações de Netanyahu e a retomada das operações militares, o Gabinete de Ministros israelense aprovou por unanimidade a reeleição do líder do partido de extrema direita Jewish Power, Itamar Ben Gvir, como Ministro da Segurança Nacional. O mesmo cargo do qual Gvir havia se demitido há pouco menos de dois meses. Em seu discurso à nação, Netanyahu enfatizou que o ataque lançado pelas Forças de Defesa na Faixa de Gaza é apenas o início da operação militar que Israel pretende realizar com intensidade crescente contra o Hamas.

Reações diplomáticas

Reações duras vieram da Europa, onde a Alta Representante da UE para Política Externa, Kaja Kallas, chamou os novos ataques israelenses à Faixa de Gaza de “inaceitáveis”, e dos Emirados Árabes Unidos, um ator estratégico na região do Oriente Médio. Da mesma forma, a China, por meio de seu representante permanente na ONU, Fu Cong, exigiu que Israel “abandone sua obsessão pelo uso da força” e “ponha um fim imediato” às operações militares na Faixa de Gaza, expressando “firme condenação” pela retomada das hostilidades e pela quebra de um acordo de cessar-fogo “duramente conquistado”. De Moscou, no entanto, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Bogdanov, discutiu com a liderança do movimento palestino al Fatah o acordo palestino-israelense diante da retomada das hostilidades.

O compromisso humanitário da Itália

Em uma situação tão complexa, também há espaço para uma boa notícia: dezoito menores palestinos, em sua maioria pacientes com câncer, serão transferidos para a Itália para receber tratamento urgente, dada a atual crise humanitária em Gaza. A transferência será realizada nesta quarta-feira com aeronaves militares C-130J da Força Aérea e da “Guardia di finanza”. A informação foi dada pelo Departamento de Proteção Civil, lembrando que a missão Medevac - Evacuação Médica - é realizada dentro da estrutura do Mecanismo Europeu de Proteção Civil. Para a missão de resgate, o apoio das embaixadas italianas no Cairo e em Tel Aviv e do Ministério da Saúde egípcio foi decisivo - destaca a Proteção Civil -. Hospitais nas regiões de Puglia, Campania, Lazio, Emilia-Romagna, Toscana e Lombardia receberão os jovens pacientes. Essa operação se soma às ações humanitárias de apoio à população civil de Gaza já realizadas pela Itália, com a evacuação de mais de 350 cidadãos palestinos.

 

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui

 

Comente esta notícia

Rua Rondonópolis - Centro - 91 - Primavera do Leste - MT

(66) 3498-1615

[email protected]