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Tim Cook discorda

Elon Musk, Bill Gates, Mark Zuckerberg e Sam Altman têm certeza: os dias do celular estão contados

Procura-se um substituto para o celular: de chips cerebrais a tatuagens eletrônicas, passando por óculos de sol smart

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Sofia Bedeschi

Redatora

Jornalista com mais de 5 anos de experiência no ramo digital. Entusiasta pela cultura pop, games e claro: tecnologia, principalmente com novas experiências incluídas na rotina. 

Nos últimos tempos, surgiram diversas alternativas ao celular, algumas mais promissoras que outras – ainda que o sucesso tenha sido relativo. Entre elas, temos gadgets com IA, como o Rabbit R1 e o Humane AI Pin, além de wearables como os óculos inteligentes Ray-Ban Meta e os anéis inteligentes, com o Samsung Galaxy Ring liderando essa categoria. No entanto, até agora, esses dispositivos funcionam mais como complementos do que como substitutos reais dos smartphones.

Os motivos por trás dessa busca são diversos: inovação pura, cansaço de um formato que parece ter atingido seu limite ou, simplesmente, a tentativa de antecipar mudanças nas preferências dos consumidores.

Seja como for, tudo indica que existe vida além dos celulares e que, mais cedo ou mais tarde, nos livraremos desse dispositivo que hoje parece indispensável. Além das grandes empresas de tecnologia, algumas personalidades influentes no setor já se posicionaram afirmando que os smartphones estão com os dias contados.

 

E não são qualquer um: estamos falando de nomes que previram e ajudaram a moldar o futuro da computação e das redes sociais.

O futuro sem smartphones (ou pelo menos é o que dizem)

Elon Musk foi direto ao ponto em seu perfil no X/Twitter:

"No futuro, não haverá smartphones, apenas Neuralinks."

Mas o que é o Neuralink? Trata-se de um wearable cerebral que pode ler e transmitir informações diretamente para o cérebro, permitindo que os usuários controlem dispositivos apenas com o pensamento, sem precisar tocar em nada.

O projeto está em desenvolvimento há anos e, até o momento, duas pessoas já possuem um Neuralink implantado. Alex, o segundo voluntário, aprendeu a usá-lo em apenas cinco minutos e já consegue realizar tarefas como operar programas de design 3D e até jogar títulos como Counter-Strike 2 – tudo isso apenas com a mente.

 

Bill Gates aposta nos tatuagens eletrônicas

Dispensando apresentações, Bill Gates, fundador da poderosa Microsoft, passou décadas moldando o mundo dos computadores pessoais. Agora, como filantropo e investidor, ele prevê que os tatuagens eletrônicas substituirão os celulares.

Sua aposta vem desde 2022, quando chamou atenção para a empresa Chaotic Moon (adquirida pela Accenture em 2015), a ponto de decidir investir no projeto.

A proposta combina estética e biotecnologia, utilizando uma tinta especial com nanorastreadores, capazes de coletar, transmitir e receber informações. Inicialmente, o objetivo era focado na saúde, monitorando o corpo e enviando notificações para o celular caso detectasse febre, infecções ou outras alterações. No entanto, as possibilidades são muito mais amplas, podendo incluir geolocalização e até comunicação direta entre pessoas.

Mark Zuckerberg aposta nos óculos inteligentes

Criador do Facebook e CEO da Meta, Mark Zuckerberg é um dos maiores entusiastas da ideia de que os celulares perderão espaço – e ele acredita que isso acontecerá muito em breve.

Segundo ele, até 2030 não será mais necessário tirar o celular do bolso o tempo todo, pois faremos tudo diretamente pelos óculos inteligentes.

 

Zuckerberg aposta nos óculos como a próxima grande plataforma

Para o fundador do Facebook, os óculos de realidade aumentada serão a próxima grande plataforma após os celulares. Essa mudança de paradigma significa que, dentro de 10 anos, muitas pessoas não carregarão mais seus telefones consigo – em vez disso, usarão seus óculos para tudo.

Sam Altman e a revolução da IA nos dispositivos

Falamos no início sobre os primeiros gadgets com IA, que tiveram recepção morna, mas não foram um fracasso completo. Na verdade, sua existência abriu caminho para novos projetos – e Sam Altman, CEO da OpenAI, já está trabalhando nisso.

Com a ajuda de um dos designers mais icônicos do setor, Jony Ive (ex-chefe de design da Apple), Altman pretende criar um dispositivo de IA para o público geral. Em uma entrevista ao Nikkei Asia, ele insinuou que sua empresa quer focar no desenvolvimento de hardware pensado exclusivamente para inteligência artificial – e que isso pode ser "a maior evolução em dispositivos tecnológicos desde o iPhone".

Tim Cook pensa diferente

Até agora, falamos de grandes nomes da tecnologia que não produzem celulares – ou cujas tentativas foram desastrosas (cof, cof, Windows Phone). Talvez isso explique por que todos eles estão tão empenhados em buscar novas alternativas ao smartphone.

Mas há alguém que conseguiu sucesso absoluto no setor e não compartilha dessa visão: Tim Cook.

Tim Cook acredita no futuro dos smartphones

Durante a apresentação dos resultados do primeiro trimestre fiscal de 2025, o CEO da Apple demonstrou otimismo em relação ao futuro dos celulares.

"Acredito que ainda há muita inovação a ser explorada nos smartphones", afirmou Tim Cook, indicando que os telefones ainda têm um longo caminho pela frente.

Enquanto isso, a Apple segue expandindo seu portfólio com o Apple Vision Pro, seu primeiro grande wearable de realidade mista. No entanto, esse dispositivo tem um foco essencialmente indoor, o que significa que não foi projetado para substituir o iPhone. Mas a empresa já está trabalhando no Project Atlas, um concorrente direto dos Ray-Ban Meta, sinalizando que também está de olho no mercado de óculos inteligentes.

Google também não acredita no fim do celular

Outro gigante da tecnologia que não compartilha da visão apocalíptica sobre os smartphones é Sundar Pichai, CEO do Google.

Em uma declaração feita há alguns anos, ele reconheceu o potencial da IA e dos wearables como possíveis substitutos dos celulares, mas deixou claro que esses dispositivos ainda dependem de um computador central para funcionar.

"Acredito que sempre teremos um dispositivo de computação principal e, cada vez mais, os smartphones assumem esse papel para a maioria das pessoas."

 

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