Terça-feira, 10 de Fevereiro de 2015, 11h:16 -
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O saldo das (s)obras da Copa
O governo de Silval é tido por muitos como um dos piores que Mato Grosso já teve e, diariamente, noticia - se o porquê dessa constatação
LEONARDO MAIA
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A herança deixada por Silval e o dinheiro público jogado fora - de novo.O Governo do Estado de Mato Grosso apresentará um relatório detalhado acerca das obras que envolviam a Copa do Mundo e que se tornaram o desafio para a gestão de Pedro Taques.Há algum tempo, comentava - se sobre a chance que Mato Grosso havia perdido por não saber administrar o dinheiro público (ou por não querer administrar bem). Tudo isso seria “normal” num país em que escândalos de corrupção fazem parte do cotidiano, não fosse pelo fato de que o ex- governador Silval Barbosa tinha conhecimento de todos os problemas que rodeavam as obras para a Copa do Mundo da FIFA do ano passado.Agora, foi divulgado pelo atual governador, Pedro Taques, que a principal obra de mobilidade urbana – o VLT – não ficará pronta, no mínimo, nos próximos 02 anos e terá um custo extra, o que elevará o valor total da obra para quase R$ 2 bilhões.O governo de Silval é tido por muitos como um dos piores que Mato Grosso já teve e, diariamente, noticia - se o porquê dessa constatação. Em algumas declarações, o atual governador, Pedro Taques, falou para quem quisesse ouvir que o dinheiro público foi vítima – mais uma vez – da ingerência de governos passados, em especial no último.Um rápido levantamento mostra que, das 27 principais obras para a Copa do Mundo (sem incluir as obras menores que estão no pacote do VLT), pelo menos a metade não foi concluída e, outras já até foram interditadas para reparo, como é o caso do Viaduto da SEFAZ e da Arena Pantanal, sendo que esta última já foi liberada novamente.Mato Grosso perdeu a chance realmente. Perdeu a chance de agregar a sua hospitalidade e fartura cultural com a mobilidade e modernidade de suas ruas e avenidas. A Copa já passou, mas é a população cuiabana que continua no sufoco por conta de obras de péssima qualidade e agora já é sabido que o Estado não tem dinheiro suficiente para terminar as (s)obras. Isto nada mais é do que reflexo do que se vê diariamente no Brasil.É tempo de arregaçar as mangas e acreditar (de novo) que a nova política, que o atual governador quer começar, será inovadora e capaz de diminuir as mazelas deixadas, principalmente, pela ingerência de Silval Barbosa e sua equipe. Mãos à obra, Pedro Taques.*LEONARDO MAIA é advogado.