Segunda-feira, 10 de Março de 2025
icon-weather   
DÓLAR R$ 5,86 | EURO R$ 6,35

10 de Março de2025


Área Restrita

Política Segunda-feira, 10 de Março de 2025, 16:02 - A | A

Segunda-feira, 10 de Março de 2025, 16h:02 - A | A

Inaceitável

Nísia diz que sofreu campanha misógina enquanto esteve no cargo

Nísia diz que sofreu campanha misógina enquanto esteve no cargo

Por Lígia VieiraGuilherme MazuiPedro Henrique Gomes, TV Globo e g1 — Brasília

Nísia afirma que sofreu campanha misógina e inaceitável enquanto esteve na Saúde

 

A agora ex-ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou nesta segunda-feira (10) que enfrentou uma campanha sistemática de ataques misóginos durante sua gestão à frente da pasta.

A declaração foi feita durante cerimônia no Palácio do Planalto, que marcou a posse do novo ministro, Alexandre Padilha.

"Não posso esquecer que, durante os 25 meses em que fui ministra, uma campanha sistemática e misógina ocorreu para desvalorizar meu trabalho, minha capacidade e minha idoneidade. Não é possível e não aceito como natural comportamento político dessa natureza."

Nísia também defendeu a necessidade de mudanças na forma como a política é conduzida no país.

 

"Podemos e devemos construir uma nova política baseada efetivamente no respeito e no diálogo em torno de propostas para melhorar a vida da população."

A cerimônia também oficializou a nomeação de Gleisi Hoffmann como ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), cargo antes ocupado por Padilha.

Nísia Trindade discursa ao deixar cargo na Saúde — Foto: Reprodução/GloboNews

 

Saída de Nísia e reforma ministerial

 

A demissão de Nísia Trindade foi anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no fim de fevereiro, como parte de uma reforma ministerial para ampliar a base do governo no Congresso Nacional.

Nísia, que tem formação acadêmica e presidiu a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entre 2017 e 2022, foi escolhida por Lula para a Saúde como um aceno à comunidade científica e em oposição ao negacionismo do governo Jair Bolsonaro.

 

No entanto, sua gestão foi marcada por dificuldades na articulação política com parlamentares, o que teria pesado na decisão de sua saída. O Ministério da Saúde tem o maior orçamento da Esplanada, e a ministra enfrentou pressões por liberação de recursos e emendas.

A substituição por Alexandre Padilha, que já ocupou o cargo no governo Dilma Rousseff, reforça o movimento de Lula para nomear ministros com maior capacidade de articulação no Congresso.

 

 

 

Comente esta notícia

Rua Rondonópolis - Centro - 91 - Primavera do Leste - MT

(66) 3498-1615

[email protected]