Allan Mesquita
O vice-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado estadual Júlio Campos (União), afirmou que a exoneração do ex-segurança do governador Mauro Mendes (União) do Gabinete Milita, um dia antes da operação que investiga a morte do advogado Renato Nery, "levanta algumas dúvidas". No entanto, o parlamentar ressaltou que isso não significa que o crime tenha qualquer relação com o governo estadual ou vazamento da ação policial.
“Deixa um pouco de dúvidas, né? ... O envolvimento de policiais militares nesse acontecimento é muito lamentável, mas que tem que ser bem claro. O fato de um deles ter feito parte da segurança pessoal do governador Mauro Mendes, não significa que o governo tenha nenhum envolvimento com isso”, justificou.
O policial em questão é o cabo Wailson Alesandro Medeiros Ramos, alvo da Operação Office Crime, deflagrada pela Polícia Civil na quinta-feira (6). 3 militares foram presos por suspeita de envolvimento no assassinato de Renato Nery, ocorrida em julho do ano passado. Um quarto militar está foragido.
Ao comentar sobre a repercussão das investigações, Júlio afirmou que a segurança pública não está isenta de ser “contaminada” pelo crime. O parlamentar também amenizou a possibilidade da investigação ter sido “vazada”.
“São falhas humanas. No passado, quando fui governador, vários policiais civis e militares também cometeram delitos. Então, naquele tempo delegado de polícia, era delegado de polícia, secretário, era secretário, governador, era governador, cada um no seu pedaço”, disse.