O procurador da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva, suspeito de matar um morador de rua com um tiro no rosto, recebe salário base de R$ 44 mil. Ele é servidor efetivo da Casa desde março de 2015. Nos três primeiros meses do ano, ele teve um rendimento líquido de cerca de R$ 40 mil.
O crime ocorreu próximo ao campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá, na noite dessa quarta (9/4).
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De acordo com a Polícia Civil, Luiz foi identificado como o autor do homicídio, após investigações da DHPP. O procurador se apresentou junto ao advogado. Ele também entregou a arma de fogo e o veículo utilizados no momento do crime.
A defesa de Luiz Eduardo alegou que o servidor público “não tinha a intenção de matar” Ney, executado com um tiro no rosto. O procurador está preso desde o fim da tarde de quinta, quando se apresentou à polícia.
Ao RD News, parceiro do Metrópoles, o jurista Rodrigo Pouso, que patrocina a defesa do procurador, declarou que “não tem uma motivação específica”, que se trata de uma “fatalidade” de um caso em que Luiz Eduardo “não tinha intenção de matar”. De acordo com a Polícia Civil, o motivo do assassinato foi o fato de a vítima supostamente ter danificado o carro do procurador.
Segundo o jurista, o inquérito policial ainda não foi concluído e, hoje, será lavrado o flagrante. Luiz Eduardo está preso na DHPP.
Pronunciamento Assembleia Legislativa
Em nota, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso lamentou “profundamente a morte do cidadão Ney Müller Alves Pereira, 42 anos, ocorrida na noite de ontem (9/4), em Cuiabá, e informa que tomará todas as providências administrativas cabíveis em relação ao caso”.
“Ele (Luiz Eduardo) se apresentou de forma voluntária, e a Assembleia Legislativa de Mato Grosso irá tomar todas as medidas administrativas necessárias. Todos têm direito à ampla defesa, mas não podemos aceitar nem banalizar um tipo de crime como esse. Uma vida foi ceifada, e não podemos admitir isso”, afirmou o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Max Russi.