O ex-presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereador Chico 2000 (PL), foi alvo de uma representação por quebra de decoro parlamentar, que pede a perda de seu mandato. A denúncia foi protocolada pelo advogado Julier Sebastião da Silva, nesta terça-feira (29), com base em investigações da Polícia Civil que apuram um suposto esquema de corrupção envolvendo emendas parlamentares.
A representação tem como base a Operação Perfídia, deflagrada pela Delegacia de Combate à Corrupção de Cuiabá (DECCOR), que investiga o envolvimento de Chico 2000 em um esquema de recebimento de propina para aprovação de projetos da empresa responsável pelas obras do Contorno Leste.
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O denunciante alega que a conduta de Chico 2000 gerou grande exposição negativa à Câmara Municipal e quebra o decoro parlamentar esperado de um legislador. A representação cita artigos de Leis que tratam dos deveres dos vereadores e das penalidades por condutas incompatíveis com o decoro parlamentar, incluindo a perda do mandato.
O advogado Julier Sebastião da Silva pede que a representação seja recebida, lida em plenário e votada para instauração de processo administrativo disciplinar.
Ele solicita, ainda, o deferimento do rol de testemunhas, no qual une os polos opostos da política cuiabana, o ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), o atual prefeito, Abilio Brunini (PL), então deputado entregou provas relacionadas a denúncia. Além do vereador que também foi alvo da mesma operação de Chico, Sargento Joelson (PSB), Reginaldo Teixeira, Secretário de Obras Públicas de Cuiabá e. José Roberto Stopa, Ex-Secretário de Obras Públicas de Cuiabá.
Operação
Julier Sebastião utiliza informações da investigação, de que o vereador Chico 2000, juntamente com Joelson, teria solicitado valores a um funcionário da empresa em troca da aprovação de matéria legislativa que possibilitou o recebimento de pagamentos devidos pelo município à empresa no ano de 2023.
A operação cumpriu 27 ordens judiciais, incluindo mandados de busca e apreensão na casa e no gabinete do vereador, que foi afastado do exercício parlamentar por determinação da Justiça. Bem como Joelson. Os investigados também foram proibidos de manter contato entre si e com testemunhas, e de acessar as dependências da Câmara ou as obras do Contorno Leste.