Por Fantástico
No último domingo (2), o Fantástico mostrou uma operação da Polícia Federal que pôs fim a um esquema de corrupção que durou sete anos dentro do presídio de Igarassu, em Pernambuco.
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A investigação revelou que com a conivência do diretor do presídio, Charles Belarmino de Queiroz, e de agentes penitenciários, os criminosos continuaram a cometer crimes, dar festas privadas de dentro da prisão, manter um laboratório de drogas e uma vida de luxo e regalias.
"Os agentes penais eram, praticamente, sócios dos presos na empreitada criminosa', comenta.
A operação da PF cumpriu mandados de busca e apreensão e prendeu oito agentes penais, além do ex-diretor do presídio.
Os agentes penitenciários podem responder por corrupção passiva, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Pagamentos aos agentes penais
Para manter o esquema, os detentos contavam com a conivência de agentes penitenciários. De acordo com a investigação, os servidores facilitavam a entrada de tudo que os presos queriam em troca de joias, celulares e maços de dinheiro.
Um dos agentes investigados, Eronildo dos Santos, teria usado o dinheiro da propina para construir uma piscina em casa.
Resort do crime
A investigação começou depois da apreensão do telefone usado por um dos criminosos, que era também o chefe do esquema dentro do presídio. Lyferson Barbosa da Silva aparece em vários vídeos gravados em diferentes momentos.
As imagens encontradas no celular do líder desse "resort do crime" revelaram a rotina de luxo de traficantes e assassinos dentro da unidade prisional: comida e bebida à vontade, presença de garotas de programa e até celas equipadas com videogames, sistema de som e iluminação e convidados que podiam entrar livremente.