Fortalecida pela atividade do agronegócio e inserida entre as seis principais economias do estado, Primavera do Leste se destaca pela produção da soja e do milho, mas por toda a região também se espalham as lavouras de algodão. No total, de acordo com números da prefeitura, há 547 mil hectares destinados à agricultura em sua totalidade, sendo 300 mil hectares dedicado à produção de soja, 180 mil hectares de produção de milho e entre 70 mil e 80 mil hectares de algodão, feijão e outras culturas.
A cultura, considerada mais “cara”, mantém, no entanto ,um bom rendimento econômico no que diz respeito à boa produtividade e produções.
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Outro aspecto é a alta aplicação da tecnologia, exigida por padrões internacionais. A região, somada às lavouras na cidade vizinha de Campo Verde, um pouco mais ao longe em Chapada dos Guimarães, fazem frente às lavouras que atualmente são cultivadas ao longo do eixo da rodovia BR 163, entre Lucas do Rio Verde, Sorriso, Sinop e outras na região norte.
Em relação à produção primaverense, de acordo com dados da Agrolink, são destinados em torno de 45 mil hectares de área no município, com produção aproximada a 180 mil toneladas, e rendimento de 4,5 mil quilos por hectare, o que representa cerca de R$ 1 milhão de reais no Valor Bruto da Produção.
Em âmbitos nacionais, a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), estima que a área plantada com algodão no país em 2024/25 cresça 7,4% em relação a 2023/2024, e atinja 2,14 milhões de hectares.
A produtividade projetada é de 1.859 quilos de algodão beneficiado (pluma) por hectare, o que aponta para produção de 3,97 milhões de toneladas de algodão, 8% maior que a da temporada anterior.
Em nota, a Abrapa diz que os números são mais otimistas do que os divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que projeta uma produção de 3,68 milhões de toneladas de pluma, numa área de 2 milhões de hectares, com produtividade esperada de 1.831 quilos por hectare.
CADASTRO
O Governo do Estado informa aos produtores de algodão de Mato Grosso que o prazo para a realização do cadastro ou da atualização cadastral das unidades de produção no Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) termina no próximo sábado (15.3).
A medida é obrigatória, realizada anualmente pelo Indea e tem como objetivo prevenir a disseminação do bicudo-do-algodoeiro, principal praga da cultura. Além disso, as informações coletadas da produção de algodão estadual ajudarão nas atividades de execução e planejamento de defesa sanitária da cultura.
O produtor que não realizar o cadastro ou a atualização de cadastro fica sujeito a multa de multa de 10 Unidades Padrão Fiscal (UPFs), cujo valor é de R$ 2.451,50.
O cadastramento pode ser via internet, por meio do Sistema de Defesa Sanitária Vegetal (Sisdev), ou presencialmente, em uma das 140 unidades do Indea espalhadas pelo Estado.
No momento do cadastramento, é preciso informar dados do produtor e propriedade, informações da cultura, a área georreferenciada destinada ao cultivo.
Na safra passada (2023/2024) 532 produtores rurais realizaram o cadastro, sendo registradas 835 propriedades para o cultivo de algodão, que ocuparam uma área de 1.455.673 hectares.