As escolas estaduais Cremilda de Oliveira Viana e Paulo Freire, em Primavera do Leste, são uma das 31 escolas do estado, que vão na próxima semana abrir uma consulta a comunidade escolar, para saber se eles aprovam ou não a conversão das unidades para o modelo cívico militar. Os editais de chamamento para a aprovação de conversão das unidades regulares foram publicados no Diário Oficial que circulou no início desta semana.
As consultas, que ocorrerão em formato de votação em cédulas, na próxima terça-feira (25.2) e quarta-feira (26.2), das 07h às 19h. Devem participar os pais e responsáveis legais pelos estudantes matriculados em cada unidade, além dos alunos maiores de 16 anos matriculados.
“O poder de decisão está na comunidade. A escola, de fato, ela vive para atender os anseios da comunidade escolar. Isso é gestão democrática. E nesse processo, quem decide é a própria comunidade escolar. Nós, enquanto equipe gestora, apresentamos as possibilidades e a comunidade toma a decisão. Então, de fato, por isso que é muito importante que os pais participem desse momento, assim como os estudantes com 16 anos ou mais, porque são eles que vão, de fato, chancelar essa decisão importante da transformação que a escola poderá sofrer”, explicou o diretor da escola Cremilda, Weverton Fischerman.
O diretor ainda explica que o modelo cívico-militar mantém o currículo tradicional da Seduc, com professores responsáveis pelo ensino, enquanto os militares da reserva contribuem para a organização e disciplina das unidades.
“Uma vez aprovada a conversão, a escola vai receber uma equipe de cinco militares. Sendo um oficial e quatro subordinados ao oficial. Esses cinco militares, eles vão trabalhar diretamente com a parte disciplinar da escola, a questão dos estudantes que são faltosos, que têm um alto índice de evasão, estudantes que às vezes não respeitam as regras regimentais da escola, que desrespeitam o professor em sala. Aliviando a equipe pedagógica da escola para atuar diretamente na parte pedagógica, acompanhar os professores, o planejamento, o grau de proficiência desses estudantes, a qualidade das aulas, que acaba que hoje quem faz a parte pedagógica e disciplinar são os coordenadores pedagógicos. Então, uma vez que a alivia essa parte disciplinar, conseguindo então melhores rendimentos”, destacou o diretor.
Fischerman, destaca que uma das metas do governo do estado ao realizar a conversão é de que os alunos possam ter maior rendimento.
“A gente tem como meta, uma vez sendo convertida, diminuir os índices de evasão, os índices de infrequência, diminuir e aumentar o índice de proficiência, o índice de aprendizagem dos estudantes. É quase que uma reação em cadeia. Uma vez você diminuindo a indisciplina na escola e a evasão, os estudantes terão mais foco, a aprendizagem acontecerá com mais eficiência”, finalizou.
O resultado de cada escola será apresentado depois do término da votação e divulgado por meio de comunicado afixado na escola, na Diretoria Regional de Educação, bem como nas respectivas redes sociais da Seduc.
A meta do governo é ampliar o número de escolas cívicos militares, chegando a 100, até o final de 2025.
"A ampliação de escolas cívico-militares é um anseio da comunidade escolar. Temos solicitações de praticamente todos os municípios. Até o final de 2025, o número deve chegar a 100 unidades, ampliando a oferta de ensino para milhares de jovens mato-grossenses”, apontou o secretário de Estado de Educação, Alan Porto.