Recentemente o Governo Federal anunciou o Programa "Crédito do Trabalhador", que começou a valer em 21 de março através do aplicativo Carteira de Trabalho Digital. A partir de 25 de abril estará disponível em todos os bancos e ele possibilita aos brasileiros que trabalham com carteira assinada, trabalhadores doméstico, rurais ou que são MEI's, contraírem empréstimos consignados em folha.
Até o momento mais 15 milhões de simulações já foram feitas e cerca de 200 mil contratos já tiveram a intenção assinada pelos brasileiros.
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Os trabalhadores também têm a opção de dar como garantia o FGTS ou a multa do saldo rescisório, no caso de demissão. Mas, apesar do benefício, é preciso ter "muita calma nessa hora", como defendem alguns analistas.
Essa também é a opinião do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Primavera do Leste, Naudi Rohr. isso porque, considera ele "se o tomador do empréstimo utilizar a quantia para quitar uma dívida com a qual esteja pagando juros maiores, é benéfico. Caso contrário a pessoa corre o risco de se endividar, ou aumentar as dívidas".
Ou seja, se bem utilizado, os valores vão contribuir para reduzir as dívidas e isso impactará diretamente na redução da inadimplência como um todo.
E os números a respeito disso são claros. No estado de Mato Grosso, de acordo com a CDL Cuiabá "hoje 45,77% da população está inscrita no cadastro negativo do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil)". E os números não são muito diferentes. No caso de Primavera do Leste esse percentual gira em torno de 34%.
Sobre o saldo médio das dívidas, variam entre R$ 1 e R$ 2 mil reais. E a respeito disso Naudi Rohr ainda considera que, comprometendo até 35% da renda mensal (valor da parcela a ser comprometida com o empréstimo, "o trabalhador precisa considerar que, ao final do mês esta porcentagem já virá menor no pagamento do salário", frisa.
O exemplo é claro: um assalariado que ganhe R$ 3,4 mil ao mês, ao contratar um empréstimo com parcela de até 35% a ser descontada, irá receber em torno de R$ 2.200 (não considerados os descontos.
Por esse motivo o dirigente da CDL defende ser favorável às medidas que estimulem o consumo e acredita que todo o comércio venha a ganhar com isso; porém, para as pessoas que irão utilizar a contratação do crédito é preciso calma, cautela e analisar muito bem, antes de optar pelo Programa e direcionar os valores que serão pegos por empréstimo.
Saiba mais. O programa “Crédito do Trabalhador” é uma modalidade de empréstimo consignado para trabalhadores com carteira assinada (CLT) do setor privado, incluindo empregados domésticos, rurais e Microempreendedores Individuais (MEIs). A contratação começou a valer em 21 de março.O trabalhador pode usar até 35% do seu salário bruto mensal com as parcelas do empréstimo. Como garantia da operação, pode-se usar até 10% do saldo ou 100% da multa rescisória do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Um dos grandes atrativos do programa é que a taxa média de juros está em torno de 2,5% ao mês, contra 5,5% ao mês das taxas praticadas no mercado.O uso do crédito consignado para renegociar dívidas já existentes na mesma instituição financeira entra em vigor em 25 de abril. A portabilidade da dívida começa a valer em 6 de junho.