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POLÍTICA

BRASIL: Congresso pode estar prestes a derrubar lei que impede que Bolsonaro seja candidato em 2026

A lei da Ficha Limpa é uma estratégia para beneficiar políticos em situações delicadas, mas que, ao mesmo tempo, pode enfraquecer a legislação de combate à corrupção e à impunidade

O advogado Marlon Reis concedeu uma entrevista exclusiva ao Jornal Jovem Pan, onde fez uma análise detalhada das recentes movimentações no Congresso Nacional, incluindo propostas para modificar a Lei da Ficha Limpa. O principal objetivo das discussões, segundo o jurista, é reduzir o tempo de inelegibilidade imposto pela lei, permitindo que políticos com restrições possam se candidatar novamente em prazos mais curtos.

A Lei da Ficha Limpa, que entrou em vigor em 2010, estabeleceu que candidatos que tenham condenações em tribunais por crimes considerados graves fiquem inelegíveis por um determinado período. Contudo, há uma crescente pressão no Congresso para revisar a lei, principalmente por parlamentares que buscam flexibilizar essas restrições. A proposta em debate sugere a redução do tempo de inelegibilidade, possibilitando que políticos em situações de condenações possam se candidatar em prazos mais curtos, o que gerou um intenso debate no cenário político.

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Reis destacou que essa tentativa de alteração da Lei da Ficha Limpa é uma estratégia para beneficiar políticos em situações delicadas, mas que, ao mesmo tempo, pode enfraquecer a legislação de combate à corrupção e à impunidade. Ele acredita que, embora a Lei da Ficha Limpa tenha sido uma importante conquista para a democracia brasileira, a redução do tempo de inelegibilidade pode abrir brechas para a reeleição de políticos envolvidos em escândalos e processos judiciais.

Além disso, o advogado também comentou sobre o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que discute a proibição de nepotismo em cargos públicos. De acordo com o jurista, o caso é relevante por tratar de uma questão ética no serviço público, especialmente no que diz respeito à nomeação de parentes para funções de confiança. Marlon Reis considera que a medida, caso seja confirmada pelo STF, pode representar um avanço importante na moralização da política, garantindo que as escolhas para cargos públicos sejam feitas com base no mérito e na competência, e não por vínculos familiares.

A polêmica sobre as emendas parlamentares também foi abordada na entrevista. As emendas são uma ferramenta legislativa utilizada pelos parlamentares para destinar recursos a obras e serviços em seus estados e municípios, mas frequentemente geram controvérsias sobre sua utilização. Críticos apontam que as emendas podem ser usadas como instrumentos de troca de favores políticos, criando uma relação de clientelismo. Marlon Reis acredita que é necessário aumentar a transparência e o controle sobre o uso das emendas, de forma a evitar abusos e garantir que os recursos sejam destinados a projetos de real interesse público.

Em relação a essas questões, Reis defendeu uma reforma política mais ampla, que promova maior fiscalização e controle sobre o uso de emendas, além de fortalecer as instituições responsáveis pela aplicação das leis. Para ele, a reforma deve ser pensada de forma a garantir que a política brasileira avance para um modelo mais ético e eficiente, afastando práticas que comprometem a confiança da população nas instituições. A análise do advogado coloca em evidência o cenário atual do sistema político brasileiro, em que leis e práticas controversas seguem em discussão no Congresso e no STF.

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