Com a oscilação dos valores do combustível, comparar preços em diferentes postos e abastecer nos locais com valores mais baixos pode resultar em economia. No entanto, apenas procurar o posto mais barato não é o suficiente. Muita gente também se pergunta o que é mais vantajoso: abastecer com gasolina ou álcool (etanol)? Para te ajudar a fazer a melhor escolha, o Terra consultou especialistas para saber que conta fazer antes de abastecer.
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O preço médio da gasolina na segunda semana do mês de fevereiro foi de R$ 6,37 no Brasil, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O valor médio do litro da gasolina na bomba subiu de R$ 6,35, entre os dias 02 e 08 de fevereiro, para R$ 6,37, entre os dias 09 e 15 de fevereiro. O etanol subiu 0,46% na comparação com a semana anterior e foi a R$ 4,39 o litro.
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Cabe lembrar que para decidir qual combustível utilizar ao chegar a um posto, o primeiro passo é verificar se o modelo do veículo é “flex”, ou seja, é dotado da tecnologia que permite que ele seja abastecido indistintamente com gasolina ou etanol/álcool. Em seguida, o motorista deve identificar os preços de cada combustível na bomba, placa ou fachada do estabelecimento para daí partir para o cálculo.
Cálculo: Utilizando uma calculadora ou aplicativo no smartphone, deve-se dividir o preço do etanol/álcool pelo valor da gasolina. Se o resultado for menor ou igual a 0,70 (ou seja, 70%), o etanol tende a ser mais vantajoso; caso seja maior que 0,70, a gasolina normalmente compensa mais. Com base nos valores do litro da gasolina e do etanol mencionados acima, seria mais vantajoso abastecer com etanol.
“Apesar dessa proporção servir como referência, convém considerar fatores adicionais, como o desempenho do carro e o torque oferecido pelo etanol, a temperatura ambiente (já que em frio intenso alguns veículos podem ter mais dificuldade de partida com álcool), a qualidade do combustível (prefira postos de confiança para evitar adulterações) e a rotina de uso do automóvel”, alerta Bruno Oliva, pesquisador e economista da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Douglas Pina, Diretor-Geral de Mobilidade da Edenred Brasil, acrescenta que para chegar à conclusão se vale mais a pena abastecer com gasolina ou etanol, é preciso também que o motorista calcule qual dos dois combustíveis entrega um menor custo por quilômetro rodado. Para tanto, pode-se utilizar a métrica R$/KM, que consiste em dividir o preço médio do litro do combustível pelo seu rendimento médio em quilômetros por litro.
Considerando os valores médios de janeiro registrados pelo Índice de Preços da Edenred Ticket Log (IPTL) em São Paulo, o etanol custou R$ 4,12 por litro, com rendimento de 8,5 quilômetros por litro, resultando em um custo por quilômetro rodado de aproximadamente R$ 0,48. Já a gasolina, com preço médio de R$ 6,11 por litro e rendimento de 11,5 quilômetros por litro, apresentou um valor por quilômetro de aproximadamente R$ 0,53.
“Então, como o etanol apresentou um custo menor por quilômetro, ele foi a melhor opção no estado durante o período em questão. Mas além do valor que se paga pelo combustível, é sempre recomendado levar em conta o seu rendimento e a performance do motor”, explica Pina. A gasolina, geralmente, oferece uma autonomia maior, isto é, o carro roda mais quilômetros por litro. Já o etanol, apesar de ser consumido de uma forma mais rápida, pesa menos no bolso do consumidor.
Jeff Patzlaff, Planejador Financeiro CFP e Especialista em investimentos, lembra que devido às flutuações nos preços dos combustíveis, a opção mais econômica pode variar ao longo do tempo e entre diferentes regiões, mas utilizando a regra do 70% pode ajudar o consumidor a determinar a melhor escolha. Além dessa questão, o especialista ressalta a questão do impacto ambiental e o cuidado na escolha do posto.
"O impacto ambiental também deve ser levado em consideração na hora da escolha, já que o etanol é uma fonte de energia renovável e emite menos gases de efeito estufa em comparação com a gasolina. Por fim, é importante abastecer em postos de confiança, para não ter nenhuma alteração no motor”, orienta Patzlaff.
Atenção! É necessário considerar as características e especificações técnicas de cada veículo, que impactam o desempenho e torque/potência do motor em resposta a cada combustível. Sobre isso, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO) divulga periodicamente um levantamento atualizado com dados sobre o desempenho e rendimento de diversos fabricantes e modelos de leves aprovados no Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE).
Fonte: Redação Terra
