(In)felizmente não podemos acabar com a ansiedade e por uma razão muito simples: a ansiedade é uma resposta emocional do medo, a forma real ou imaginária como avaliamos as ameaças à nossa volta. O medo é uma resposta inata para a nossa autopreservação, portanto se nos “livrarmos” do medo certamente estamos fadados a não sobreviver. Precisamos da ansiedade para estar atentos, para empreendermos, para desejarmos. Portanto, certo grau de tensão é natural, correspondendo a um nível saudável de ativação e alerta, que nos ajuda a enfrentar melhor as situações e desafios do dia a dia.
Qual é o seu nível de ansiedade?
Para ajudá-lo nesse sentido, elaborei um teste que serve para aumentar o seu autoconhecimento e “medir” o seu nível de ansiedade. Não se trata de um teste psicológico ou instrumento para diagnóstico de transtornos psicológicos e/ou psiquiátricos, mas poderá lhe dar um bom parâmetro. Para responder (sim ou não) pense como você tem se sentido ao longo das últimas semanas. Anote o total de respostas “Sim” e confira o resultado abaixo.
TESTE DE ANSIEDADE
1- Preocupa-se com problemas sem importância?
2- Passa boa parte do dia tenso?
3- Tem medo de perder o controle?
4- Fica apreensivo diante de situações novas?
5- Tem com frequência a sensação de que algo ruim está para acontecer?
6- Sente necessidade permanente de se sentir amado(a)?
7- Considera-se uma pessoa pessimista?
8- Já enfrentou uma sensação súbita de pânico ou sensação de morte?
9- Sente medo diante de situações que realmente não apresentam perigo?
10- É incapaz de relaxar, mesmo em situações tranquilas (férias, por ex.)?
11- Apresenta muita dificuldade em tomar decisões?
12- Tem taquicardia, palpitações, dores no peito ou suor excessivo?
13- Apresenta náuseas, sensação de peso no estômago e tonturas?
14- O pensamento sempre está a “mil por hora”?
15- Apresenta agitação e inquietação constante?
16- Sente calafrios ou ondas de calor no corpo?
17- Sente falta de ar ou asfixia com frequência?
18- Sente dormência ou formigamento?
19- Você costuma usar álcool, nicotina, chocolate, alimentos com carboidratos ou outras substâncias para se acalmar?
20- Sofre antecipadamente com situações futuras que, muitas vezes, sequer acontecem?
21- Vive cansado, irritado ou perde a paciência com muita facilidade?
22- Dorme mal, tem um sono muito leve, ou acorda com sobressaltos ou pesadelos?
23- Evita situações por ansiedade ou medo?
24- Apresenta uma preocupação persistente?
25- Tem a impressão que os outros fazem as coisas com mais facilidade do que você?
26- Sente muito cansaço sem motivo aparente?
27- Tem dificuldade em concluir aquilo que se propõe (fica sempre adiando)?
28- Assusta-se com frequência sem uma boa razão para isso?
29- Apresenta reações mais intensas do que seria o esperado?
30- Tem dificuldades para vivenciar ou se focar no momento presente?
Confira o resultado pelo número de respostas “SIM”:
0 a 7: Nível de Ansiedade leve ou normal: A ansiedade está sob controle. Como você lida bem com a ansiedade, ela é algo passageiro e até estimulante no seu dia a dia, aumentando a sua aprendizagem e produtividade.
8 a 12: Nível de Ansiedade média ou moderada: A ansiedade tem grande espaço na sua rotina, podendo fazer você perder a concentração ou provocar sintomas físicos que passam despercebidos (aumento da frequência cardíaca, tensão muscular, respiração deficitária, p.ex). Mesmo assim, é possível resolver problemas do dia-a-dia sem grandes complicações.
13 a 20: Nível de Ansiedade alta ou grave: A resolução de problemas comuns do dia-a-dia fica comprometida. Os sintomas físicos são quase impossíveis de controlar; as emoções (medo, raiva) são expressas numa intensidade desproporcional à situação; e, a inquietação e a impaciência provocam grande prejuízo na qualidade de vida. Reflita se não vale a pena procurar um psicólogo.
21 a 30: Transtorno de Ansiedade: Neste nível de ansiedade todos os sintomas (físicos, emocionais) continuam severos, sem explicações e com duração de meses ou anos. Não se tem qualidade de vida, porque a ansiedade aqui é incapacitante, com a sensação de perda de controle, trazendo sérios prejuízos na qualidade de vida (com reflexos na qualidade do sono, na saúde física), nos relacionamentos, na vida profissional e evoluindo para transtornos mais sérios (síndrome do pânico, depressão). Procure urgentemente tratamento.