Jogadores no gramado. Cara ou Coroa? Árbitro acerta os últimos detalhes, e bola rolando, no tapete verde da vida.
Vou utilizar o esporte mais popular do mundo para simbolizar o cenário que nos compõe. Mas, o diferente é que somos um jogador no time e no decorrer da vida, não encontramos apenas onze problemas. São várias defesas e goleiros filhos de uma “mãe boa”, que não deixam a rede balançar.
A posse de bola começa com o dono da sua própria vida: você, no campo de defesa. Você domina pelo menos três problemas (zaga central) e solta à bola na esquerda. Acelera, pega o posse de bola, gira para cima de um obstáculo do tamanho do mundo (marcador) inverte a jogada, pede apoio, mas não consegue ver ninguém na direita, então, o único jeito é dominar, partir para cima da marcação, ganhar fôlego, eeeee... Escanteio.
Já dizia Skank, é preciso bola na rede para dizer que é gol!
Utilizei essa metáfora, para remeter a nossa realidade de vida. Quantas vezes almejamos, objetivamos, desejamos e esperamos algo. Fazemos tudo para dar certo, e até parece que será um drible com direito a golaço, mas na verdade, não vai passar de um escanteio ou um chute para fora do gol.
Mas e aí? Desistir de torcer pelo Timão ou pela vida?
Quem é amante de futebol, provavelmente ouviu falar do filosofo Antonio Franco de Oliveira, mas conhecido como Neném Prancha. Esse homem, que morreu aos 69 anos em 1976, é uma figura mística do futebol bretão, pela dedicação ao esporte.
Duas frases dele eu sempre ouvi do meu avô, fanático por esporte, e lógico, pelo Corinthians.
Neném Prancha dizia que o futebol é algo simples: “quem tem a bola ataca; quem não tem defende”. Em outra, ele falava: “futebol moderno é que nem pelada. Todo mundo corre e ninguém sabe para onde”.
Essas frases são muito engraçadas, mas também parecida com a nossa vida e problemas enfrentados.
Viver não é uma tarefa fácil, porque somos uma porção de gente, que pensa totalmente diferente, em um espaço geométrico.
E para resolver os problemas no trabalho, sociais, familiares, políticos e econômicos, queremos sempre utilizar da física quântica e de uma equação matemática, que nem sempre descobre o resultado de Y e X. Porque é preciso estratégia, experiência e tática.
Então, é melhor parar de se sentir como Ronaldo Fenômeno, quando estava em campo e acima do peso, esperar a posse de bola, partir para cima do gol com direito a um “Pedala Robinho”.
Vamos Neymar, Pelé, Rivaldo, Maria, João, Fernando, Fábio, Camila, Carol, Mariana, vamos todos, porque a vida é uma partida de futebol, que nem sempre nos traz resultados positivos. Às vezes o cisco cai no olho, a cama é mais agradável, por conta do marasmo sentido, mas ainda há esperança. gostamos da vida, esperamos uma resposta que seja sutilmente agradável, com três lados e com mil acasos para levar-nos acima do sol.