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Apresentadora do Estúdio i, na GloboNews.
Foto-Jornal O Poder
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem passado boa parte dos últimos dias contando os possíveis votos favoráveis ao projeto de lei que anistia os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro.
Bolsonaro tem repetido a aliados, como um mantra, que não irá preso. E que, se não tem chance juridicamente – a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que o tornou réu por tentar um golpe de Estado foi unânime, indiciando uma condenação –, precisa buscar uma saída política, que é o projeto de anistia.
Nas contas do núcleo bolsonarista, faltam 40 dos 257 votos necessários para aprovar a urgência para o projeto, e levá-lo diretamente ao plenário da Câmara dos Deputados e evitar as comissões, o que atrasa e aumenta o risco de inviabilizar a votação.
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Além dos deputados, é preciso convencer o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que já se mostrou resistente ao projeto. Na segunda-feira (7), um dia depois do protesto a favor da anistia realizado na Avenida Paulista, afirmou que o assunto não pode ser "pauta única" do Legislativo e tem risco de ampliar "crise institucional" do país.
Hugo Motta diz a aliados buscar saída negociada de pacificação nacional
Na quarta-feira (9), Bolsonaro foi pessoalmente a Motta, num encontro a sós na residência oficial do presidente da Câmara.
Depois, disse a um podcast que o parlamentar "sabe muito bem o que está acontecendo" e que "se a gente conseguir assinatura, ele vai botar em votação, eu tenho certeza disso".
Nos bastidores, Motta diz que busca uma saída de pacificação nacional negociada com Judiciário e Executivo, se possível, e que, se os apoiadores da anistia conseguirem os 257 votos, vai levar o assunto ao colégio de líderes. Isso porque, argumenta, uma vez atingido o quórum mínimo necessário, a decisão sobre pautar ou não passa a ser de responsabilidade de toda a Casa.
Segundo o blog apurou, STF já foi informado que isso pode acontecer.