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Notícias do Agro Segunda-feira, 07 de Abril de 2025, 14:46 - A | A

Segunda-feira, 07 de Abril de 2025, 14h:46 - A | A

Demanda chinesa

Soja brasileira ganha fôlego com guerra comercial entre EUA e China

Decisão beneficiou diretamente o Brasil

 

 

Agrolink - Aline Merladete
 
 
Foto: Só Notícias

Segundo análise de mercado da Grão Direto, a semana foi marcada por forte volatilidade no mercado de soja, refletindo os impactos da escalada na guerra comercial entre Estados Unidos e China. Na sexta-feira (4), Pequim anunciou aumento de 34% nas tarifas sobre produtos agrícolas americanos, incluindo a soja, praticamente inviabilizando as exportações norte-americanas para o país asiático. A decisão beneficiou diretamente o Brasil, cuja soja se mantém como alternativa mais competitiva para os compradores chineses. 

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Como reflexo imediato, os prêmios pagos nos portos brasileiros subiram ao longo da semana, mesmo diante da queda de 3,41% nos contratos futuros na Bolsa de Chicago (CBOT), que encerraram cotados a US$ 9,77 por bushel. O mercado interno, por sua vez, sustentou-se com leve valorização. O índice de exportação da Grão Direto iniciou a semana a R$ 133,66 por saca e fechou a R$ 134,10 na sexta-feira.

Contudo, gargalos logísticos e o aumento nos fretes continuam desafiando o escoamento da safra recorde brasileira, limitando o fôlego dos preços internos, mesmo em meio à demanda externa aquecida. Além disso, a queda de 4% nas cotações do óleo de soja — pressionadas pela desvalorização de 7,5% no petróleo — também contribuiu para a pressão negativa sobre a oleaginosa.

Outro fator que movimentou o mercado foi o relatório do USDA divulgado na última segunda-feira, apontando um recuo de 4% na área plantada de soja nos Estados Unidos, para 83,5 milhões de acres. A decisão dos produtores norte-americanos em priorizar o milho foi interpretada como uma tentativa de mitigar os impactos da guerra tarifária, já que o grão é menos exposto ao mercado internacional. 

Além disso, o dólar comercial fechou a semana em alta, cotado a R$ 5,83 (+3,85%). A valorização da moeda americana impulsiona a competitividade da soja brasileira no exterior, mas também pressiona os custos de produção, que em grande parte são dolarizados.

O que esperar do mercado da soja?

A semana que se inicia será acompanhada com atenção pelo setor, especialmente com a divulgação do novo relatório de oferta e demanda do USDA, previsto para 10 de abril. A continuidade das tensões entre Washington e Pequim deve manter os prêmios da soja brasileira em alta. No entanto, o avanço da colheita e a maior oferta interna podem pressionar os preços nos próximos dias.

Além disso, os mercados ficarão atentos aos indicadores econômicos — como o IPCA no Brasil e o CPI nos EUA, ambos previstos para sexta-feira (12). Esses dados poderão influenciar diretamente o câmbio, o que tende a repercutir sobre o comportamento das commodities agrícolas.

 

 

A recomendação, segundo a análise da Grão Direto, é de cautela e foco na gestão de margem. Em um cenário de alta volatilidade, garantir boa rentabilidade passa não apenas por observar o preço da saca, mas por estruturar negociações que preservem a saúde financeira da produção. Com as ferramentas digitais da Grão Direto, produtores podem monitorar cotações em tempo real e negociar com segurança, aproveitando janelas favoráveis do mercado.

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