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Notícias do Agro Segunda-feira, 14 de Abril de 2025, 14:37 - A | A

Segunda-feira, 14 de Abril de 2025, 14h:37 - A | A

Desafios climáticos

Moagem de cana cai quase 5%, mas etanol segue em alta

Redução era esperada em função dos desafios climáticos

 

 
Agrolink - Aline Merladete
Foto: Pixabay

A safra 2024/2025 de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil chegou ao fim com um volume total de moagem de 621,88 milhões de toneladas, conforme divulgado pela União da Indústria de cana-de-açúcar e Bioenergia (UNICA). Apesar da retração de quase 5% em relação à temporada anterior, o resultado consolida o segundo maior volume já registrado na região. A queda era esperada pelo setor, especialmente em razão das adversidades climáticas, como a estiagem prolongada e os focos de incêndio que afetaram principalmente lavouras em São Paulo — estado que responde por mais da metade da produção da região. A produtividade média caiu 10,7%, ficando em 77,8 toneladas por hectare, mas houve avanço na qualidade da cana, com o teor de ATR (açúcares totais recuperáveis) atingindo 141,07 quilos por tonelada. 

A produção de etanol se destacou e bateu recorde histórico, alcançando 34,96 bilhões de litros, puxada principalmente pelo crescimento expressivo do etanol de milho, que saltou 30,7% e somou 8,19 bilhões de litros. Esse volume representa quase um quarto da produção total do biocombustível no Centro-Sul. O etanol hidratado teve alta de 10,27%, enquanto o anidro sofreu leve recuo. Por outro lado, a produção de açúcar encolheu 5,31%, fechando em 40,17 milhões de toneladas, reflexo da maior destinação da cana para os combustíveis renováveis.

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Na reta final da safra, apenas na segunda quinzena de março, foram processadas 4,56 milhões de toneladas de cana, queda de 10,63% na comparação anual. Deste total, 57% foi direcionado à fabricação de etanol, que alcançou 546,77 milhões de litros no período — com destaque novamente para o milho, que respondeu por 377,91 milhões de litros.

 

 

As vendas de etanol em março somaram 2,90 bilhões de litros, uma retração de 4,57% frente ao mesmo mês do ano anterior. No mercado interno, o etanol hidratado teve queda mensal, mas acumulou crescimento de 16,44% ao longo da safra, com 21,73 bilhões de litros comercializados. Já o etanol anidro cresceu 10,45% nas vendas de março e encerrou o ciclo com 12,18 bilhões de litros vendidos no país. Segundo a UNICA, o aumento do consumo de etanol hidratado no Brasil nos últimos 12 meses foi de 22,87%, refletindo uma maior preferência pelo biocombustível frente à gasolina. Com esse desempenho, o setor evitou a emissão de 48,4 milhões de toneladas de CO2 equivalente, reforçando o papel estratégico da cana na transição para uma matriz energética mais limpa.

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