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Notícias do Agro Sexta-feira, 14 de Março de 2025, 14:01 - A | A

Sexta-feira, 14 de Março de 2025, 14h:01 - A | A

Cotação

Preços médios do açúcar cristal seguiram em queda na maior capital do País

Preços médios do açúcar cristal seguiram em queda no mercado spot do estado de SP

 

No segundo mês oficial de entressafra 2024/25 de cana na região Centro-sul, os preços médios do açúcar cristal seguiram em queda no mercado spot do estado de São Paulo. Em fevereiro/25, a média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, foi de R$ 143,74/saca de 50 kg, 7,45% menor que a de janeiro/25 (R$ 155,31/sc) e 1,54% abaixo da de fevereiro/2024 (R$ 145,99/sc), em termos nominais. Ao longo do mês, o Indicador do Açúcar Cristal CEPEA/ESALQ acumulou baixa de 9,38%, fechando a R$ 138,87/sc no dia 28. Diante desse cenário, ao final de fevereiro, a venda do açúcar no spot paulista perdeu a vantagem sobre as exportações, o que não era verificado desde o início de outubro/24.

 
 

Apesar de o tipo Icumsa 150 ter seguido com baixa oferta no mercado spot paulista, agentes de usinas baixaram os preços para o tipo Icumsa 180, em especial quando a negociação envolvia maiores quantidades. Vale lembrar que o açúcar Icumsa 150 foi direcionado às exportações em maior volume ao longo da temporada atual. Do lado da demanda, não houve crescimento nas compras ao longo do mês. Além de já terem garantido o açúcar por meio de contratos, indústrias e empacotadores afirmaram que as vendas para o varejo foram fracas.

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Segundo a União da Indústria de Cana-de-açúcar e Bioenergia (Unica), na primeira quinzena de fevereiro, as unidades produtoras da região Centro-Sul processaram 244,78 mil toneladas de cana, contra 548,58 mil da safra 2023/24. No acumulado da safra 2024/25 (de 1º de abril/24 até 16 de fevereiro/25), a moagem atingiu 614,4 milhões de toneladas, ante 646,57 milhões de toneladas no mesmo período no ciclo anterior, com queda de 5%. A produção de açúcar nos primeiros 15 dias de fevereiro totalizou apenas 7,23 mil toneladas. No acumulado da safra, a fabricação do adoçante soma 39,81 milhões de toneladas, contra 42,16 milhões de toneladas do ciclo anterior, ou seja, diminuição de 5,6%.

NORDESTE – As negociações com açúcar no mercado spot seguiram em ritmo lento em fevereiro. Quanto aos preços, estiveram estáveis em Pernambuco, com
algumas usinas priorizando as exportações e diminuindo a oferta do produto para o mercado interno. Já em Alagoas e na Paraíba, houve ligeira queda nos preços, pois algumas unidades produtoras flexibilizaram os valores ofertados. Observou-se também que os maiores volumes negociados do adoçante em fevereiro no mercado interno, captados pelo Cepea, ocorreram na Paraíba – algumas usinas voltaram a negociar o açúcar no mercado interno.

 
 

Segundo o Sindaçúcar- AL, com a posição acumulada da moagem da safra 2024/25 até o dia 15 de fevereiro, em Alagoas, foram processadas mais de 16,2 milhões de toneladas de cana, ligeira queda de 0,28% frente ao mesmo período do ciclo passado. Até a primeira quinzena de fevereiro, as usinas produziram mais de 1,5 milhão de toneladas de açúcar, avanço de 14,4% em relação à safra passada.

Em fevereiro/25, o Indicador mensal do açúcar cristal CEPEA/ESALQ para Pernambuco foi de R$ 150,49/sc de 50 kg, alta de 1,99% frente a janeiro/25, mas queda de 0,36% em relação a fevereiro/24, em termos nominais. Em Alagoas, o Indicador mensal foi de R$ 151,15/sc, baixa de 0,67% na comparação mensal, porém, alta de 0,53% na anual, também em termos nominais. Na Paraíba, o Indicador mensal do cristal CEPEA/ESALQ foi de R$ 142,91/sc, recuos de 0,83% em relação a janeiro/25 e de 6,13% na comparação anual.

INTERNACIONAL – Preocupações com a safra indiana impulsionaram os preços do demerara na Bolsa de Nova York (ICE Futures) nas primeiras semanas de fevereiro. Segundo a Associação Indiana de Fabricantes de Açúcar e Bioenergia, a produção no país somou pouco menos de 20 milhões de toneladas desde o início da moagem (de outubro/24 a meados de fevereiro/25), baixa de 12% em comparação com o mesmo período da safra anterior. Além disso, o período de entressafra na região Centro-Sul do Brasil também reforça a redução da oferta de açúcar disponível.

 

No entanto, ao final do mês, os preços do demerara caíram. Após o contrato Março/25 ter atingido o maior patamar em dois meses e meio, traders aproveitaram para vender suas posições compradas.Além disso, o otimismo com a nova safra de cana-de-açúcar na região Centro-Sul do Brasil (2025/26), que começa em abril, passou a pressionar as cotações. Segundo a trader Czarnikow, a produção de açúcar no Brasil deverá atingir recorde, de 43,6 milhões de toneladas, com o mix de produção voltado para o adoçante, devido à preocupação das usinas de que o açúcar ofereça maior rentabilidade em relação ao etanol.

Cálculos do Cepea indicaram que, em fevereiro/25, as vendas internas do açúcar remuneraram, em média, 3,67% a mais que as externas. Esse cálculo considera o valor médio do Indicador CEPEA/ESALQ e do vencimento Março/25 do Contrato nº 11 da Bolsa de Nova York (ICE Futures), prêmio de qualidade estimado em US$ 61,95/tonelada e custos com elevação e frete de US$ 59,41/tonelada. No entanto, especificamente na última semana de fevereiro, a venda externa passou a remunerar 0,95% mais que o mercado spot paulista.

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