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Notícias do Agro Segunda-feira, 28 de Abril de 2025, 14:10 - A | A

Segunda-feira, 28 de Abril de 2025, 14h:10 - A | A

Cuidado

Lagartas estão ficando resistentes em milho e algodão

“Todas as áreas que atendemos estão com presença forte de lagartas"

 

 
Agrolink - Leonardo Gottems
Foto: Marina Torres/Embrapa
 

De acordo com o sócio fundador da J&A Consultoria, Jefferson Brambilla, um grande problema que está surgindo nas culturas de milho e algodão é a quebra de resistência da variedade Viptera, entre outras biotecnologias, a ataques de lagartas de alta complexidade, entre estas a Spodoptera frugiperda. Ele afirma que essa safra é um das mais pressionadas por lepidópteros nos últimos anos. 

“Todas as áreas que atendemos estão com presença forte de lagartas. Recomendamos ao produtor de milho e algodão a olhar as lavouras com mais frequência e controlar às lagartas enquanto ainda estiverem pequenas. Necessário utilizar o manejo integrado envolvendo produtos químicos e biológicos, como os baculovírus, de forma efetiva. Depois que a lagarta ‘foge’ do estágio mais adequado de controle, o manejo se torna mais difícil”, comenta.

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Segundo o especialista, nesta safra, deverão ser necessárias de três a quatro aplicações extras de inseticidas em comparação à safra anterior. Isso porque, houve um aumento significativo de lagartas no algodão nas últimas semanas, exigindo um controle mais intenso das pragas. Ele também destacou que, atualmente, já se observa a quebra de resistência de todas as biotecnologias utilizadas em milho e algodão. 

“Com a queda de eficiência das biotecnologias, voltamos a constatar os mesmos problemas que ocorriam 15 anos atrás. Existem casos com perdas maiores, casos com perdas menores, mas o que vemos é que os principais danos ocorrem nas estruturas reprodutivas do algodão, como nos botões florais e na espiga do milho”, completa.

Na safra 2023/24, a biotecnologia Viptera predominou no milho em Mato Grosso, ocupando 78% da área plantada, cerca de 6,9 milhões de hectares, segundo a consultoria Kynetec. Recentemente, o pesquisador Jacob Crosariol Neto, do IMA, alertou para o aumento das aplicações de inseticidas no milho Viptera. Ele destacou que a necessidade de controle químico, antes desnecessário, resultará em custos adicionais significativos para os produtores nas próximas safras.

 

 

“A resistência de lagartas à tecnologia Viptera é uma realidade”, disse o pesquisador. Ele alertou ainda para o fato de a Spodoptera frugiperda contar com potencial para ocasionar prejuízos significativos. “Trata-se de uma praga cujo dano na cultura do milho evolui muito rápido”, concluiu.

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