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Economia

Inflação desacelera após mês recorde, mas preços sobem 0,56% em março

Os dados fazem parte do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país

 
Metrópoles
Foto-Sibéria Projetos

Os preços de bens e serviços do país subiram 0,56% em março, o que representa uma desaceleração em relação ao mês anterior. O índice representa queda de 0,75 ponto percentual da inflação em comparação a fevereiro (1,31%). O Brasil tem inflação acumulada de 5,48% — acima do teto da meta para este ano, que é de 4,50% (entenda o sistema de metas abaixo).

Os dados fazem parte do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — que mede a inflação oficial do país —, divulgado nesta sexta-feira (11/4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 

O que é IPCA

  • Refletindo o custo de vida e o poder de compra do cidadão brasileiro, o IPCA é calculado desde 1979 pelo IBGE.
  • O IPCA é considerado o termômetro oficial da inflação e é usado pelo Banco Central para ajustar a taxa básica de juros, a Selic.
  • Ele mede a variação mensal dos preços na cesta de vários produtos e serviços, comparando-os com o mês anterior. A diferença entre os dois itens da equação representa a inflação do mês observado.
  • O IPCA tem por meta pesquisar dados nas cidades, de forma a englobar 90% das pessoas que vivem em áreas urbanas no país.
  • O índice pesquisa preços de categorias como transporte, alimentação e bebidas, habitação, saúde e cuidados pessoais, despesas pessoais, educação, comunicação, vestuário, artigos de residência, entre outros.

Novo sistema de metas: meta contínua

A partir deste ano, a meta de inflação do Brasil é contínua. Ou seja, o índice é apurado mês a mês. Se o IPCA acumulado em 12 meses ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida.

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Em 2025, a meta inflacionária é de 3%, com variação de 1,5 ponto percentual – isto significa piso de 1,5% e teto de 4,5%. Ela será considerada cumprida se oscilar dentro desse intervalo de tolerância.

 

O objetivo é estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), formado por:

Se a meta for descumprida, o BC precisa divulgar carta aberta ao ministro da Fazenda — neste caso, Fernando Haddad — explicando as razões para o estouro. A autoridade monetária contém o avanço dos preços por meio da taxa Selic, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) a cada 45 dias. A próxima reunião do Copom será nos dias 6 e 7 de maio.

 

O próprio Banco Central segue afirmando que a inflação acumulada em 12 meses pode ficar acima do teto do intervalo de tolerância da meta durante seis meses seguidos (ou seja, até junho) — o que caracterizaria o descumprimento da meta inflacionária em 2025.

Na ata do Copom de março, o colegiado alertou que, se a inflação continuar avançando, o valor acumulado em 12 meses permanecerá “acima do limite superior do intervalo de tolerância da meta nos próximos seis meses consecutivos”.

“Desse modo, com a inflação de junho deste ano, configurar-se-ia descumprimento da meta sob a nova sistemática do regime de metas”, alertou a diretoria do BC.

A inflação para o mercado

As projeções do mercado financeiro para a inflação referente a 2025 seguem distantes da meta. Segundo o relatório Focus mais recente, a estimativa dos analistas consultados pelo Banco Central (BC) para o IPCA está em 5,65%.

Confira as expectativas dos economistas:

  • A projeção de inflação para 2026 continua em 4,50%.
  • Enquanto a estimativa de inflação para 2027 segue a mesma da semana passada: 4%.
  • A previsão de inflação para 2028 está em 3,78%.

Além do mercado, o próprio BC — que tem o papel de controlar o avanço da inflação por meio da taxa de juros (a Selic) — informou que há 70% de probabilidade de a meta inflacionária ser descumprida neste ano.

No Relatório de Política Monetária (RPM), divulgado no fim de março, o órgão avaliou que a chance de a inflação estourar o teto da meta subiu de 50% (em dezembro) para 70%.

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