Nesta quarta-feira, 09, pelo menos 500 pessoas que afirmam ser "trabalhadores sem terra", de diversas regiões do estado, ocuparam e em Cuiabá a sede do Incra (Instituto Nacional da Reforma Agrária, em Mato Grosso.
Organizados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e pela Comissão Pastoral da Terra (CPT-MT), os homens e mulhres exigem o direito à reforma agrária.
Para desocupar o prédio, os acampados demandam uma audiência com o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, para tratar das reivindicações.
Dentre as exigências, estão: o destino de terras públicas griladas para assentamentos, com garantia de recursos para desapropriação e aquisição de terras; acesso à terra para as famílias e condições para permanecerem nela, com crédito, fomento, moradia e infraestrutura; e investimentos para fortalecer a produção nos assentamentos de alimentos saudáveis, garantindo a geração de trabalho e renda.
Um dos líderes do Movimento, Valdeir Souza, "um estado do tamanho de Mato Grosso deveria garantir o direito à terra para as famílias no campo".
"Nós temos aqui assentamentos que ainda sofrem os ataques do agronegócio, do processo de grilagem, invasão, agrotóxico. Então, não adianta só jogar as pessoas em cima de um pedaço de terra e achar que isso vai resolver alguma coisa", afirma.