Redação Terra
Foto-BBC
Após ficar um ano presa na Rússia sob acusação de traição, a bailarina amadora russo-americana Ksenia Karelina foi finalmente libertada nesta quinta-feira, 10. Ela estava detida por doar cerca de US$ 50 (R$ 278, na cotação atual) a uma organização sem fins lucrativos que presta assistência à Ucrânia. A libertação, no entanto, foi uma "troca" entre prisioneiros com os Estados Unidos, que estava sob a guarda de um cidadão russo pego por contrabando.
Nas redes sociais, o secretário de Estado americano Marco Rubio celebrou o acordo. “Ksenia Karelina está em um avião voltando para casa, nos Estados Unidos. Ela foi detida injustamente pela Rússia por mais de um ano, e o presidente Trump garantiu sua libertação”, escreveu no X. A bailarina de 33 anos tinha sido condenada a 12 anos de prisão em solo russo.
O secretário ainda garantiu que a Casa Branca continuará realizando esforços para libertar todos os norte-americanos que estão na mesma situação.
O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) também confirmou a informação. De acordo com a agência de segurança do país, a pessoa libertada como parte da troca foi Arthur Petrov, um homem de nacionalidade russa-alemã.
Ele tinha sido preso no Chipre em agosto de 2023 por solicitação dos Estados Unidos, acusado de contrabandear microeletrônicos sensíveis para a Rússia. Petrov foi extraditado para o país americano no ano passado.
Com a transação confirmada, a troca entre Petrov e Karelina aconteceu em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. A informação é do Wall Street Journal.
Entenda a prisão da bailarina
O imbróglio envolvendo Ksenia Karelina começou em fevereiro de 2024, durante uma viagem à Rússia. A jovem, que morava em Los Angeles, nos Estados Unidos, foi ao país comandado por Putin com o intuito de ver a família. No entanto, o que era para ser uma visita de duas semanas, virou um problema judicial.
Isso porque ela foi acusada de traição por doar US$ 50 (R$ 278, na cotação atual) para uma organização americana que apoia Kiev, na Ucrânia. Meses depois, em agosto de 2024, a bailarina foi condenada a 12 anos de prisão, após seu julgamento em Ecaterimburgo.
A acusação do serviço de segurança russo era de que Karelina estaria "coletando ativamente” dinheiro para uma organização que fornecia equipamentos às Forças Armadas da Ucrânia. O argumento, para as autoridades americanas, é um "completo absurdo".
Segundo o jornal britânico Daily Mail, a doação que causou todo o processo teria sido destinada à Razom for Ukraine, uma instituição de caridade sediada em Nova York que fornece ajuda humanitária a crianças e idosos na Ucrânia.
Antes da troca, o FSB informou que o presidente russo, Vladimir Putin, concedeu perdão a Karelina.
Fonte: Redação Terra