Quase seis anos após a extinção da lei 10.500/2017, que tratava da delimitação territorial de Primavera do Leste, Poxoréu e outras 34 cidades de Mato Grosso. O assunto volta tona, após uma visita do prefeito da cidade Sérgio Machnic a capital do estado, em busca de apoio, para que o assunto seja debatido novamente.
“Tivemos uma reunião com o deputado Nininho, que já está em conversa com o prefeito de Poxoréu, para que a região conhecida como Nova Poxoréu, seja transferida para Primavera do Leste. Para que a gente (gestão), possa fazer um trabalho para as pessoas que realmente precisam e merecem daquela região”, comentou o prefeito de Primavera do Leste, através de suas redes sociais.
O prefeito destacou ainda, que 90% dos moradores desta região, trabalham na cidade de Primavera do Leste, e só moram na região por conta, do alto valor do aluguel em Primavera do Leste. “Primavera quer assumir toda aquela região”, declarou o prefeito.
O deputado Nininho que integra a Comissão de revisão territorial, se em encontrar uma solução para o assunto.
“Pode contar conosco, nós vamos dar celeridade ao assunto ,eu sou presidente da comissão, e o mais breve possível nós vamos estar aí junto com vocês resolvendo essa questão”, destacou o deputado.
A comitiva formada pelo prefeito e os vereadores Hebert Viana e Irmão Rogério, ainda visitaram a casa civil, onde solicitaram a construção de casas populares, para abrigar famílias que moram em áreas de risco na mesma região.
ASSUNTO JÁ FOI DEBATIDO NO PASSADO
Em 2017, foi aprovada a lei 10.500/2017, que tratava da delimitação de 36 cidades do estado, com a aprovação da lei, aproximadamente 8 mil hectares de terras que antes pertenciam a Poxoréu e agora passam a pertencer a Primavera do Leste. Com a decisão publicada no Diário Oficial, os moradores do Vale Verde, Novo Poxoréu, Vale dos Buritis, Associação dos Jequitibás, Encosta da Tamil, Encosta das Furnas, Associação São Benedito, Bela Vista e Residencial Beth Matos, passam a ser reconhecidos como cidadãos primaverenses.
Porém, o Partido Social Democrático (PSD) recorreu ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) onde argumentava de que a Constituição Federal não foi respeitada porque a população não havia sido consultada. Com isso a lei foi suspensa, as áreas voltaram a pertencer a seus municípios de origem.