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O caviar está mais barato nos últimos anos e se tornou um ingrediente comum em pratos mais “populares” nos restaurantes de luxo nos Estados Unidos.
As ovas do peixe esturjão, símbolo de comidas refinadas (e caras), são a estrela do ‘caviar hot dog’, servido no bar do restaurante The Modern, em Nova York. O quitute, que leva duas pequenas salsichas cobertas com caviar em um minipão, custa US$ 39.
Também de Nova York, o Coqodaq, especializado em frango frito, usa a iguaria em um de seus ‘golden nuggets’ (“nuggets de ouro”). A unidade sai por US$ 28.
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Nuggets de frango com caviar do restaurante de Nova York Coqodaq — Foto: Divulgação
Esses não são casos isolados, segundo relata a agência Bloomberg.
O caviar também aparece, por exemplo, em uma salada com ovos encontrada a US$ 73 na cidade de San Francisco, de acordo com a agência. No tailandês Bangkok Supper Club, que também fica em Nova York, o caviar cobre a tortinha recheada de caranguejo, vendida por US$ 22.
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Torta de caranguejo com caviar, do Bangkok Supper Club, de Nova York — Foto: Divulgação
Produção em massa, preço menor
O aumento da presença do caviar nos pratos dos norte-americanos reflete a queda de preço no atacado, segundo a Bloomberg. E esse valor mais baixo é consequência da produção em massa do maior fornecedor de caviar do mundo: a China.
Segundo o Observatório Europeu do Mercado de Produtos da Pesca e Aquicultura, o volume exportado pelos chineses mais do que triplicou entre 2014 e 2020, chegando ao pico de 140 toneladas em 2019.
Nesse período, o preço médio do quilo do caviar chinês caiu de US$ 450 para US$ 252, de acordo com um relatório publicado pelo órgão europeu em 2021.
Enquanto isso, os EUA aumentaram as importações de 18 para 65 toneladas entre 2014 e 2020. O informe também mostra que a China respondeu por 66% das vendas ao mercado norte-americano em 2020.
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A Bloomberg aponta que a oferta ampliada propiciou as novas variações.
"A China tornou o caviar mais acessível para todos. Mas, no restaurante, os clientes ainda o apreciam, o veem como um luxo", disse o chef Max Wittawat, do Bangkok Supper Club, à agência.
Já Thomas Allen, chef do The Modern, afirmou que o cachorro-quente com caviar serve para atrair e entusiasmar o cliente, que consumirá outros itens no restaurante.
“O cachorro-quente é como um momento de bem-estar que te faz sorrir. Provavelmente, você não vai pedir só isso. Você vai pedir outras coisas, [como] um vinho”, declarou o chef à Bloomberg.