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POLÍCIA Quarta-feira, 17 de Agosto de 2011, 09:06 - A | A

Quarta-feira, 17 de Agosto de 2011, 09h:06 - A | A

GREVE

Greve no IFMT deixa 1500 alunos sem aula na região

Educação Superior: Esses números são somente dos Campus de São Vicente e seus adjacentes

Paulo Pietro da Redação

A greve no IFMT que começou na última semana deixou mais de 1.500 alunos sem aula somente no Campus de São Vicente, do qual pertencem os pólos de Campo Verde e Jaciara

A greve no IFMT (Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia) iniciada na última semana não tem previsão para terminar. Somente o Campus de São Vicente, do qual pertencem os núcleos avançados de Campo Verde e Jaciara, são mais de 1500 alunos prejudicados com a faltas de aulas.

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Na manhã desta terça feira, a equipe de reportagem do jornal O Diário esteve em São Vicente (40Km de Campo Verde) para acompanhar uma reunião dos sindicalistas, professores e funcionários administrativos do IFMT.

Eles falaram nessa reunião sobre aspectos organizacionais da greve e assuntos internos, de como deveriam agir os funcionários.

Conversamos com o coordenador do Sinasefe, (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica) Osvaldo Capelani que disse que o tempo de greve vai depender da negociação com o governo federal.

“Nós precisamos que primeiro haja uma negociação, que o governo venha conversar com a gente” explicou.  As reivindicações segundo Capelani são relativas à qualidade na expansão na rede federal de ensino já que hoje o governo quer que o instituto crie novas instituições de ensino.

“Já temos planos para a criação de quatro novos institutos no estado, mas paralelo a isso não foi feito um estudo para contratações de profissionais, nem sobre a estrutura dessas instituições  e até mesmo os cursos que serão oferecidos.

Com os profissionais que temos hoje já não damos conta de atender a todos os alunos. O segundo ponto é o êxodo de  muitos profissionais que também estão saindo do instituto para trabalharem em outros locais, por questões particulares, ou em busca de melhores condições de trabalho.

O terceiro ponto que reivindicamos aqui é a qualidade interna dos serviços, a falta de estrutura no instituto. Se olhar para o lado vai ver tomadas expostas, quadros caindo, paredes rabiscadas e sem pintura, prédios trincando e vários outros aspectos negativos” esclarece.

E esses são apenas os três pontos de destaque dos 14 que estão sendo reivindicados pelos profissionais e consequentemente pelo sindicato. Isso em Relação especificamente ao IFMT.
Mas pelo que parece essa briga do sindicato com o governo federal é muito maior do que somente o IFMT. Várias instituições federais de ensino estão envolvidas.

“Estamos enviando alguém para nos representar lá em Brasília, para participar dessas negociações pois estão enviando projetos para serem votados no senado e que dizem respeito justamente à nossa categoria. Se não partimos para defender nossos interesses agora, depois que forem votados, não vamos ter como trabalhar em cima. Um processo para combater uma Lei já é diferente” disse.

O Governo já está tomando algumas medidas a nível federal que estão desagradando essa classe, que se sente prejudicada com as medidas. O governo sinaliza com a possibilidade de congelar o salário dos servidores por 10 anos.

Também existem projetos que podem mexer com a estabilidade empregatícia do servidos público, de modo que eles possam ser demitidos através de relatórios de avaliação de desempenho, que segundo os sindicalistas não tem critérios claros.

Hoje já existe mais de 155 instituições federais, filiadas ao Sinasefe paralisadas. No Mato Grosso a maioria das instituições também já estão em greve. E nessa terça os campi de Cáceres, Confresa, Rondonópolis e São Vicente já aderiram a paralisação.

Segundo Osvaldo essa semana haverá mais assembléias e outros estados que estavam de fora provavelmente vão aderir à paralisação, de modo que os números até lá sejam muito mais expressivos.

A posição do governo federal porém é dura. Representantes já avisaram que não vão negociar com nenhuma instituição que esteja usando pressão para obter os resultados.

De outro lado os sindicalistas dizem que não vão abaixar a guarda enquanto o governo não começar as negociações. O jeito é aguardar para ver quais serão os próximos episódios dessa novela. O fato é que o tempo está passando e os alunos são cada vez mais prejudicados.       

 

 

 

 


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