Muitas vezes inofensiva, outras, agressiva e maldosa, a mentira pode gerar sérios problemas para quem a utiliza rotineiramente. Na infância, está relacionada à imaturidade e medos, mas, na fase adulta, o ato é intencional e deliberado.
De uma forma geral, a pessoa mente para poder atingir algum objetivo ou fugir de frustrações. Na infância, as crianças podem mentir por terem dificuldade de enfrentar decepções ou críticas.
A mitomania (vício em mentir) é muito difícil de ser diagnosticada, principalmente por um especialista que não convive com o paciente. Por isso, a ajuda dos familiares e amigos é fundamental neste caso. Afinal, quem mente dificilmente reconhece esse hábito.
Podendo ser patológica, a mitomania ainda não é considerada uma doença pela Medicina, mas pode estar relacionada a uma causa psicológica, em que a mentira decorre de conflitos internos e acaba colocando as relações sociais dos envolvidos em risco. Há casos em que o mitomaníaco acaba sendo excluído da sociedade, podendo prejudicar ainda mais o tratamento da doença.
Durante o tratamento, é importante a colaboração de amigos e familiares para levantar a autoestima do paciente, oferecendo compreensão, apoio e amor para que a doença seja superada. Em alguns casos, pode haver a necessidade de intervenções, como a psicoterapia e medicamentos.
Diferente dos fraudadores, estelionatários ou sociopatas, que usam a mentira para burlar a confiança do outro e obter vantagens o mitomaníaco não mente para tirar proveito e, sim, por problemas relacionados à sua confiança.