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NOTÍCIAS DE CAMPO VERDE Quinta-feira, 18 de Outubro de 2018, 14:52 - A | A

Quinta-feira, 18 de Outubro de 2018, 14h:52 - A | A

INFRAESTRUTURA

Relatório da CNT comprova realidade vista nas rodovias da região

Município já tentou fazer sua parte, mas se sente de mãos atadas.

Paulo Pietro
Campo Verde

A 22º pesquisa da Confederação Nacional do Transporte apontou que em toda extensão das rodovias avaliadas entre 2017 e 2018 em Mato Grosso, apenas 7,7% (372 quilômetros) foram considerados ótimos para trafegar. Outros 32,8% (1.578 km) em bom estado, 45,2% (2.171 km) regular, 8,4%, (406 km) ruim e 5,9% (283 km) em péssima qualidade. A CNT também fez a classificação das rodovias federais com as estaduais.

Consta no levantamento que 49,9% da extensão das rodovias federais está regular.  Na sequência da avaliação, 36,1% do trecho tem condições insatisfatórias. Outros 9,1% estão ótimas. Por outro lado, no gráfico mostra que as rodovias de responsabilidade do governo do Estado, a classificação péssima chegou aos 32,3%. 17,3% das rodovias foram avaliadas com boas condições. Regular 23,5% e ruim 25,5%. Apenas 1,4% está teve ótima classificação.

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Campo Verde representa bem esta realidade, a BR-070, rodovia federal que cruza o município, apesar de não ter 100% nos trechos urbanos, desde que passou pela última reforma geral, é uma rodovia ótima, bem sinalizada e que agrada a todos os motoristas levando em consideração que neste trecho não trata de rodovia pedágiada. As outras duas estaduais, tanto a MT-140 (trecho até o Gardez) quanto a MT-344, são rodovias que estão entre ruins e péssimas.     

Na avaliação geral, a malha pavimentada brasileira continua em condições insatisfatórias, ainda que tenha apresentado uma pequena melhora entre 2017 e 2018. De acordo com o levantamento, 57% dos trechos avaliados apresentaram estado geral com classificação regular, ruim ou péssima. Em 2017, o percentual com algum problema foi de 61,8%. No total, a CNT pesquisou 107.161 km, o que corresponde a toda a malha federal pavimentada e aos principais trechos estaduais, também pavimentados.

O estudo é um instrumento de consulta para todos os caminhoneiros autônomos e demais transportadores de todo o país. Os dados podem subsidiar políticas setoriais de transporte, projetos privados, programas governamentais e atividades de ensino e pesquisa para o desenvolvimento do transporte rodoviário de cargas e de passageiros.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou reajuste na tarifa de pedágio da BR-163, em Mato Grosso, em 2,18%. A medida entrou em vigor nesta quinta-feira (18). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União de ontem. São acrescidos 10 centavos por eixo e as novas tarifas variam de R$ 3,80 a R$ 7, de acordo com a área de abrangência. Em Sorriso o pedágio passará para R$ 7; Itiquira R$ 4,50; Rondonópolis R$ 5,10; Campo Verde/Santo Antônio do Leverger R$ 4,10; Cuiabá/Santo Antônio do Leverger R$ 4,10; Acorizal/Jangada R$ 5,50; Diamantino R$ 4,60; Nova Mutum R$ 3,80 e Lucas do Rio Verde de R$ 4,90.

O percentual ficou abaixo do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) registrado no último ano, que foi de 4,48%. A definição de reajuste é atribuição do governo federal. O cálculo realizado pela ANTT para revisão tarifária tem como base o índice da inflação do período (IPCA), a inclusão ou exclusão de obrigações a serem cumpridas pela concessionária e o cumprimento do contrato assinado entre o governo federal e a concessionária que administra a rodovia. Com relação ao IPCA, o período considerado para estudo foi de julho de 2017 a julho deste ano.

 

MUNICÍPIO TENTA FAZER SUA PARTE

Observando a necessidade da população, a Prefeitura de Campo Verde já se prontificou e até mesmo realizou algumas reformas com recursos próprios nas rodovias estaduais que dão saída à safra e a população do município.

Porém, a contrapartida sempre demorada e burocrática do estado, muitas vezes até impede que o município realize algo para ajudar neste sentido. Devido às chuvas a situação da MT-344 que liga Campo Verde a Dom Aquino, em alguns trechos é extremamente crítica.

O secretário de obras, Fabiano Teruel, nos disse que “a respeito da MT-344, nós entramos em contato com a SINFRA, mandamos um ofício pedindo o material para realizarmos o tapa buracos, já que a população vem nos cobrando. O que voltou para nós foi um comunicado dizendo que como existe uma empresa nesse local que tem a concessão da construção e manutenção da rodovia, eles não poderiam nos ceder o material, pois tem esse impedimento. A população nos cobra na rua, tentamos fazer o trabalho, o prefeito Fábio sempre pede para que a secretária ajude neste sentido, mas neste caso específico estamos de mãos atadas, pois já existe uma empresa para fazer isso”.

Vale ressaltar que a obra na MT-344 deveria ser iniciada no dia 21/08/17, após inaugurar o trecho entre Jaciara e Dom Aquino, as obras tiveram início, mas não continuidade e até hoje muitos quilômetros ainda faltam ser reconstruídos.

Há um mês o secretário de Estado de Infraestrutura de Mato Grosso, Marcelo Duarte, anunciou que Governo Estadual vai investir R$ 13 milhões na recuperação da MT-140.

As obras, segundo ele, já foram licitadas e contemplarão o trecho de 45 quilômetros entre Campo Verde e a comunidade do Limeira. “É uma restauração funcional da rodovia. Um projeto que foi feito por nós, pensado, estudado e que hoje licitamos. É mais um presente que estamos dando para Campo Verde”, frisou.

De acordo com Marcelo Duarte, as obras serão contratadas este ano, com a execução ficando para 2019.    

Na ocasião Marcelo ainda confirmou a intenção do Governo Estadual de pavimentar os 15 quilômetros da MT-140 que liga as BR´s-070 e 364, trecho conhecido como “Desvio da Olvebra”.

De acordo com Marcelo Duarte, a proposta é fazer uma Parceria Público Privado, envolvendo o Governo Estadual, a Prefeitura de Campo Verde e os Produtores Rurais. Segundo ele, o projeto da obra já está pronto.

Os custos da pavimentação estão orçados em R$ 1 milhão por quilômetro, o que resultaria num investimento de R$ 15 milhões. Porém, Duarte ressaltou que com a PPP esse valor pode ser reduzido. “Dá para fazer pela metade”, garantiu.

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