26 de Abril de2024


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POLÍCIA Quarta-feira, 04 de Outubro de 2017, 09:49 - A | A

Quarta-feira, 04 de Outubro de 2017, 09h:49 - A | A

Violência Doméstica

Brigas entre casais movimentam setor policial

Dois casos foram registrados pela PM nesta terça-feira em Campo Verde.

Paulo Pietro
Campo Verde

Os casos de brigas entre casais, que acabam parando na delegacia acontecem frequentemente em Campo Verde. Mesmo no meio da semana é comum encontrarmos registros de crimes de agressão entre casais, na noite da última terça-feira (03) dois casos como este foram relatados.

 

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Em um deles a Polícia Militar foi acionada no Bairro Santa Rosa, após uma discussão entre um casal, o marido começou a quebrar os objetos da casa, a discussão se estendeu para rua, onde descontrolado emocionalmente o homem ainda quebrou os vidros e a porta do veículo da família e ameaçou a esposa.

 

Os policiais foram acionados e devido o desentendimento caloroso ambos foram levados à delegacia para resolver a discussão e prestar os esclarecimentos cabíveis.

 

Também na terça-feira outro caso foi registrado, desta vez inclusive com suspeita de agressão, no Assentamento Dom Ozório. A PM foi acionada por parentes da vítima que segundo eles teria sido agredida pelo marido em Cuiabá, mas retornou para Campo Verde com um hematoma em um dos olhos.

 

Os policiais procuraram a suposta vítima, mas ela negou que teria sido agredida pelo seu companheiro, que não está na cidade, ela apresentava um pequeno corte próximo ao olho, que segundo ela aconteceu devido a um acidente doméstico. Ela revelou que havia mandado o marido embora, que o mesmo usa tornozeleira eletrônica.

 

De qualquer maneira o registro do fato foi realizado pelos policiais.

 

Pesquisa revela números assustadores no Brasil

 

Histórias como essa engrossam os números da pesquisa realizada no início deste ano pela Fundação Perseu Abramo em parceria com o SESC. Eles ouviram mais de 2.300 mulheres e 1.100 homens, em 25 estados brasileiros. Ficou constatado que, a cada dois minutos, cinco mulheres são agredidas violentamente no Brasil. A pergunta é: por que muitas sofrem caladas? Segundo Flávio Gikovate, psicoterapeuta, o argumento da maioria é similar ao de Marina: "Apesar de tudo, elas amam os agressores e são governadas pela ideia de que o amor deve tolerar tudo", diz. "É uma relação de custo benefício: o custo é a agressão e o benefício é o amor pelo companheiro. Quando a agressão passa, o custo é esquecido... É constrangedor”, afirma o psiquiatra e psicanalista Luiz Alberto Py. z. "É uma relação de custo benefício: o custo é a agressão e o benefício é o amor pelo companheiro. Quando a agressão passa, o custo é esquecido... É constrangedor”, afirma o psiquiatra e psicanalista Luiz Alberto Py. Embora o amor seja o fator principal que prenda tantas mulheres a seus agressores, há, ainda, o medo. "Tanto de reações mais violentas, em caso de abandono, como de enfrentar a vida sozinha, por não ter meios próprios de sobrevivência, de se afastar quando têm filhos pequenos e a dúvida sobre as atitudes como pai após a separação", afirma Gikovate. Movidas pela esperança, estas mulheres esperam que o outro mude e usam a desculpa clássica: "Ele é ótimo quando está bem".

 

Essa pesquisa foi divulgada pelo site UOL  que conversou com especialistas no assunto, e usou nomes fictícios para as vítimas.   

 

 

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