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NOTÍCIAS DE CAMPO VERDE Quarta-feira, 12 de Setembro de 2018, 13:49 - A | A

Quarta-feira, 12 de Setembro de 2018, 13h:49 - A | A

CIDADE

Fazenda Marabá vai mais uma vez a leilão

Existe a preocupação de que essa seja mais uma vez uma tentativa frustrada de resolver a situação.

Paulo Pietro
Campo Verde

A Fazenda Marabá , uma das maiores e bem localizadas propriedades rurais de Campo Verde, conhecida por empregar muitas pessoas, mais uma vez é alvo de manchetes em noticiários.

 

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A propriedade que faz parte do Grupo JPupin, do polêmico empresário José Pupin, chamado de Rei do Algodão, está mais uma vez em leilão que vai até o próximo dia 19 por R$ 64,4 milhões como lance inicial. Caso não haja arremate até lá o valor pode cair para R$ 40,7 milhões até o dia 27. O leilão já está aberto com encerramento para 19 às 16h30.

 

O leilão dessa Parte da Fazenda Marabá que seria finalizado no dia 18/09/2017 foi suspenso devido a uma decisão do Juiz da 1ª Vara Cível de Campo Verde, André Barbosa Guanaes Simões. Na ocasião nossa reportagem entrou em contato com o Juiz de Campo Verde, ele explicou que a decisão liminar decorreu do pedido de recuperação judicial do empresário. O leilão deveria ocorrer com lance mínimo de R$ 64,4 milhões. A parte fazenda possui 1.975 hectares.

 

Conforme a deliberação realizada na época, o leilão afetaria um bem essencial à atividade econômica dos proprietários, considerando ainda a provável incidência da regra estabelecida na Lei 11.101/05.

 

A Recuperação Judicial do grupo foi deferida, na época o Juiz André Barbosa Guanaes Simões comentou com a reportagem do Diário que essa decisão era temporária, que ele teria o tempo estabelecido por Lei, para se reorganizar e depois os credores poderiam novamente requerer seus direitos, como estão fazendo neste momento, exatamente um ano após a decisão.  

 

Situação complicada

 

As dividas do Grupo JPupin ultrapassam os R$ 895 milhões. Além disso, o empresário Pupin é acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de fraudar documentos públicos (escrituras de imóveis) para enriquecimento ilícito, segundo o processo número 316647 a fraude teria sido orquestrada em meados de 2012. O esquema foi denunciado pelo MPE através da promotora Solange Linhares Barbosa. Ela propôs à Justiça uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra os acusados.  Além de Pupin e a mulher dele, figuram outras pessoas envolvidas.

 

A ação cita que, “no afã de enriquecerem-se ilicitamente”, os acusados teriam fraudado documentos públicos em cartório da cidade de Paranatinga. As matrículas ‘mexidas’ têm números 6.336 e 6.335.    

 

Reviravoltas

 

Uma parte da Fazenda Marabá já havia ido para leilão no dia 31 de julho de 2017, para o pagamento de uma dívida com o Banco Santander. Embora a fazenda tenha sido avaliada com preço de mercado de aproximadamente R$ 90 milhões, foi arrematada por R$ 50 milhões por outro gigante do agronegócio, o Grupo Bom Futuro, que financiou o valor com o próprio Santander, com 10 anos para pagamento e juros de 2% ao ano.

 

Mas Pupin e seus advogados recorreram à decisão, que consideraram arbitrária na Justiça do Estado de São Paulo, a decisão do TJSP foi dada após um acirrado embate entre os defensores dos dois grupos. No início do último mês de dezembro, o Grupo JPupin entrou com pedido de reintegração de posse, que foi concedido pelo juízo da sétima Vara do Foro Central de São Paulo, retomando a área em questão.

 

A decisão foi dada pelo desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), Carlos Henrique Abrão, no último dia 19 de janeiro.

 

O Grupo Bom Futuro tinha até o dia 31 de janeiro para retirar todos os seus pertences da fazenda, assim como fazer a colheita da soja plantada na propriedade.

 

Por duas vezes a PM e PJC de Campo Verde tiveram que ir ao local para conter brigas e confusões entre funcionários dos grupos, que acabaram se tornando rivais durante o período em que a fazendo estava dividida.

 

 

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