Campo Verde está vencendo a batalha contra o mosquito Aedes Aegypti, segundo os dados da Secretária de Vigilância Ambiental do município, eles conseguiram reduzir em 90% os casos de doenças transmitidas pelo mosquito em comparação ao mesmo período do ano passado. Uma vitória que deve ser atribuída principalmente ao trabalho dos agentes de endemias do município, que trabalharam arduamente e fiscalizaram para que os focos do mosquito não se proliferassem.
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Segundo a chefe do setor, Carla Vargas, “essa mudança ocorreu principalmente pela eficácia do trabalho dos agentes, nós tivemos várias reuniões e decidimos que todos os imóveis, mesmo os que estavam fechados iriam receber a visita dos agentes, para conferir onde estariam os focos. Para isso contamos com o apoio tanto da Polícia Militar quanto do Corpo de Bombeiros, muitas vezes realizávamos a fiscalização em todas as casas que estavam habitadas em uma determinada quadra, retirávamos os focos, orientávamos a população, mas se tivesse uma residência fechada neste local todo esse trabalho poderia ser desperdiçado, já que nestas casas desabitadas poderiam haver focos do mosquito, que consequentemente prejudicaria toda a vizinhança. Agora com uma nova portaria do Ministério da Saúde e a parceria com autoridades e imobiliárias, nós conseguimos vistoriar mesmo os locais fechados, quanto está com imobiliária pegamos a chave, quando não está procuramos as autoridades para entrar no local. Isso fez uma grande diferença no trabalho.”
Para se ter uma ideia, devido aos constantes casos de doenças no ano passado, tiveram que ser realizados 76 bloqueios químicos (com fumacê) nos bairros de Campo Verde, em 2017 somente em 4 ocasiões esse trabalho foi necessário.
Outra ação que está fazendo a diferença é a limpeza e capina dos lotes baldios, agora quem cuida desta operação é a Vigilância Ambiental, que tem os equipamentos necessários para realizar o serviço. “Foi realizado o LIRA (Levantamento Rápido do Índice de Infestação) em 11 bairros do município, somente para exemplificar, no São Miguel foram detectados 260 terrenos que estavam necessitando de limpeza, agora nós notificamos o proprietário destes terrenos que estão sem cuidados, se eles não realizarem a limpeza em 30 dias, nós publicamos em diário oficial, realizamos a limpeza e eles são multados, essa multa varia de acordo com o tamanho do terreno, mas já tiveram casos em que os proprietários tiveram que pagar cerca de R$ 1.800 de multa,” lembrou Carla.
Como os bolsos dos proprietários foram afetados, não vemos com tanta frequência terrenos tomados pelo matagal, como acontecia até o ano passado.
Mas apesar das mudanças positivas a população tem que se conscientizar, não basta somente os agentes públicos fazerem sua parte, nas encostas das áreas verdes do município e normal vermos depósitos de lixos, a Vigilância realizou um trabalho de limpeza nos locais mais críticos no mês passado, menos de um mês depois a situação está pior do que a anterior.
Para que a cidade permaneça sem epidemias de doenças todos tem que continuar dando sua contribuição, já existe inclusive a previsão de uma nova epidemia em 2018, “é frequente o descaso quando se tem um ano muito tranquilo, a população acaba relaxando e sem a ajuda deles o poder público não consegue dar conta sozinho,” finalizou Vargas.
Mais uma vez é imprescindível que cada um faça sua parte, tanto nos focos de mosquitos, quanto na limpeza de terrenos e áreas públicas, quem sofre as consequências com as faltas de cuidados é justamente a população, que fica a mercê de doenças que podem ter graves consequências e levar até a morte.
