Boa parte da população campoverdense, ainda se pergunta por quais motivos a Sadia não se instalou na cidade. Por duas vezes a empresa anunciou fortes investimentos, que gerariam milhares de empregos e conseqüentemente uma maior renda para a cidade. A primeira vez em que os investimentos foram anunciados em 2005. O investimento, era o maior dos últimos anos, segundo a empresa previa seria construído um abatedouro em Lucas do Rio Verde, com capacidade de abate de 500 mil aves/dia e outro do mesmo porte em Campo Verde. A cidade em que ficará o frigorífico de carne suína ainda não havia sido definia . A capacidade de abate dessa unidade seria de 5 mil suínos/dia.
Até mesmo um dos maiores jornais de economia do Brasil, o "Valor Econômico" publicou uma matéria sobre o investimento da empresa em Campo Verde. Acompanhe alguns trechos da matéria:
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A Sadia, uma das maiores empresas de alimentos do país, anunciou na quinta-feira que começará a investir em seu planejado novo complexo agroindustrial de Campo Verde (MT) em 2009. O investimento total no projeto está estimado em R$ 630 milhões, dos quais R$ 400 milhões serão aplicados pela própria companhia e R$ 230 milhões por seus integrados na região.
Os planos para Campo Verde já estavam em gestação já há algum tempo. No fim do ano passado, em encontro com a imprensa, o presidente da Sadia, Gilberto Tomazoni, confirmou que o projeto fazia parte de um pacote de investimentos de R$ 1,6 bilhão previsto para 2008. Os gastos ficaram para 2009, mas nem por isso o total previsto para este ano diminuiu.
O complexo em Campo Verde, onde a Sadia já mantém um incubatório, granjas próprias, uma fábrica de rações e armazéns de grãos, prevê um abatedouro de frangos, outra fábrica de rações e novos silos e incubatório. A unidade deverá entrar em operação no segundo semestre de 2010 e começará a operar a todo o vapor no ano seguinte, já com potencial para agregar uma receita de R$ 780 milhões por ano à empresa, que no primeiro trimestre deste ano faturou R$ 2,6 bilhões.
Ao confirmar os investimentos em evento em Campo Verde, que contou com a presença do governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PPS na época), Tomazoni afirmou que os novos aportes vão gerar 3,5 mil empregos diretos e cerca de 9 mil indiretos. O município mato-grossense já apresenta o maior PIB agropecuário do país. ( Valor Econômico)
Mas mesmo com todo esse estardalhaço a Sadia não veio para Campo Verde, só mantiveram os planos e cumpriram em Lucas do Rio Verde. A cidade acabou ficando carente de investimentos sempre esperando a chagada da Sadia que nunca aconteceu. Em 2008 outra vez a população campoverdense ficou esperançosa, com o novo anuncio de investimento da empresa, pouco tempo antes das eleições. A Sadia protelou mais uma vez não investiu na cidade. A última informação era a fusão da empresa com a perdigão para formação da BR Foods, que estava emperrada devido ao CADE. A situação foi resolvida eles anunciaram um investimento de mais 500 milhões para Lucas do Rio Verde, enquanto Campo Verde, está a ver navios.
Entramos em contato com a assessoria de imprensa da BR Foods, para que eles nos respondessem algumas perguntas pertinentes a investimentos na cidade, e a venda de um Frigorífico em Várzea Grande, que compra a produção dos avicultores locais. Nossas perguntas foram : A respeito dos investimentos em um frigorifico que a Sadia havia programado pra Campo Verde-MT. Com a fusão eles vão acontecer (se acontecer quando?), ou a idéia já foi descartada?
O frigorifico de Varzea Grande-MT, vai ser vendido ! Os avicultores de Campo Verde, vão levar sua produção para os novos proprietários ou a empresa vai realizar o transporte desses frangos até Lucas do Rio Verde?
A resposta da assessoria da BR Foods sem muitas explicações foi a seguinte : Certamente você tem acompanhado pela mídia os desdobramentos da decisão do CADE, aprovando a fusão Perdigão/Sadia, e as exigências estabelecidas pelo TCD, entre as quais, a necessidade de alienação de ativos da empresa, com prazo até o final do primeiro semestre de 2012. Dessa forma, nesse momento, a BRF está estruturando o pacote de vendas e reorganizando suas operações, com o objetivo de atender os compromissos assumidos a partir da assinatura do termo com o CADE.
Quanto a novos negócios e novos investimentos, a mídia será informada no momento oportuno.
Com relação às atividades da BRF em Várzea Grande, somente será vendida uma unidade de processados, a qual não está em operação atualmente. Portanto, a operação de Várzea Grande bem como a relação da companhia com os produtores integrados não será afetada.
Pelo menos temos o consolo de saber que os avicultores da cidade não serão prejudicados, já que o frigorífico em Várzea Grande, vai continuar comprando as aves da cidade.
